A visão privilegiada da vida só acontece quando estamos na sua margem. Dentro dela muitas vezes colocamos nossas possíveis soluções no vácuo ou no oco. O núcleo, nossa meta maior, fica obscuro e inacessível. Sondar o terreno antes de pisar é ter convicção que abaixo de nossos pés não existe areia movediça. Depois de certificar o terreno cabe a nós traçar nosso horizonte visto somente com binóculo. Paisagem a distancia a ser atingível ditará o ritmo de nossos passos. Ninguém acerta a essência da vida na sorte. É um processo de tentativa, juntamente de muito trabalho, contemplação e identificação com o roteiro traçado. O construir é um ato de observação e de muita inquietação. A inércia produz o famigerado desânimo como o começo nos impulsiona para fim com sua empolgação. As pessoas levantam apenas o físico, o espírito compreendedor fica contido nas entranhas da alma. Manter um sonho erguido é inquietar nossos inimigos de sufocação permanente. Não existe pior sensação para o adversário que ver nossos sonhos mantidos verticalizados. Sua manutenção é a pavimentação para sua concretização. A utopia erguida é adversário na lona. Abandonada, é alívio para as pessoas que não querem ver sua concretização. Ser viajante cauteloso com tanque cheio de combustível da motivação nos levará perto do céu terreno. Se o céu transcendental tem como arquiteto Deus, o nosso terreno tem como construtor nós mesmos. Direcionar a vida rumo à felicidade é se deixar sair pela tangente quando estamos agindo automaticamente. A ação deve ter sua formulação exata e não nascer da improvisação. Nossa vida poderá se caçar abismos ou erguer edifícios existenciais monumentais. Cabe a nós fazermos de nossos abismos sólidas bases rumo a nossa edificação vivencial. Nossa morada existencial deve ficar em lugar plano para podermos suportar as tempestades com resignação. Não é a força da tempestade que nos destroem, é a vulnerabilidade encontrada pela correnteza em nosso intimo alargado. Reter com fortaleza de uma argamassa impedirá o fluxo de correr a vontade. Buscar ficar fora da vida para construir soluções sábias é fundar sua própria faculdade existencial. Compreender e dar sustentabilidade interiores de êxitos, mas também é natural nascer de nossos conflitos íntimos monstros destruidores de nossa fé na vida. A paz sem sacrifícios nos leva ao conformismo e ao derrotismo sem enfrentamento. A paz nascida do fruto de nossa guerra vencida nos torna preponderante perante nós mesmo. É da nossa impulsão intima que lançamos nossas vidas e quilômetros de distancia do derrotismo e nos aproximamos do foco planejado. Que o stress de final de ano tão natural seja remo capaz de nos conduzir sempre para frente. Devemos guerrear com o mundo e com as coisas deste mundo, pois somente assim nossas reservas psicológicas nos descansando sempre, fazendo guerreiro armado, intimidando o avanço do ceticismo rotineiro capazes de restringirem em demasia nossos voos panorâmicos e quilométricos. O stress com resultados é melhor do que a paz com fracassos. *Jornalista
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