O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo Pedrosa, disse hoje (20) que os futuros compradores das distribuidoras de energia da Eletrobras terão de investir R$ 13 bilhões nos próximos anos. No dia 8, o governo aprovou a privatização de seis distribuidoras da Eletrobras pelo valor simbólico de R$ 50 mil.
“Os R$ 50 mil são o capital a ser colocado, mas as distribuidoras continuarão com o conjunto de dívidas da ordem de R$ 13 bilhões, mais o compromisso de investimento”, explicou Pedrosa durante audiência pública no Senado, para debater o plano de desestatizações do governo federal no setor elétrico, de petróleo e gás, de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias.
Serão privatizadas a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), a Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), a Boa Vista Energia, a Amazonas Distribuidora de Energia (Amazonas Energia), a Companhia Energética do Piauí (Cepisa) e a Companhia Energética de Alagoas (Ceal).
A Eletrobras vai assumir as dívidas das empresas no valor de R$ 11,2 bilhões, e os encargos de R$ 8,5 bilhões referentes a créditos e obrigações com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
Apesar de assumir esses passivos, Pedrosa disse que quem ficar com a concessão terá que assumir outras dívidas das empresas. “São empresas que estão em extrema dificuldade, uma vez que não tiveram suas concessões renovadas no ano passado e entraram em um limbo”, disse Pedrosa.