A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ratificou nesta segunda-feira (26) o seu compromisso e o da sua União Democrata-Cristã (CDU) com o relançamento da Europa e com a necessidade de dar “uma nova dinâmica” à Alemanha, pelo que, disse, é preciso conseguir a formação de “um governo estável”. A informação é da Agência EFE.
Diante do congresso extraordinário do partido que preside desde 2000, que deve votar o pacto de coalizão de consenso com os social-democratas, a chanceler reconheceu que os resultados obtidos nas eleições gerais de setembro passado não foram os esperados.
“As razões destes fracos resultados vão desde a preocupação que gerou na população o apoio a centenas de milhares de refugiados, os desafios que implica a adaptação às novas tecnologias e a instabilidade política de países vizinhos e na Europa”, afirmou Merkel.
“A CDU deve dar a resposta adequada às preocupações reais dos seus cidadãos e, ao mesmo tempo, impulsionar o relançamento da Europa”, disse a chanceler para seus delegados.
“O bloco conservador venceu as eleições gerais – com 33% – e não pode haver um Governo na Alemanha sem contar conosco, mas perdeu mais de 2 milhões de votos, a favor dos liberais e dos ultradireitistas”, completou Merkel.
Ela insistiu nesse fato em tom autocrítico, ressaltando a necessidade de recuperar a confiança dos cidadãos e lançou um pedido a favor da renovação do partido, tarefa que corresponderá à nova secretária-geral da legenda, Annegret Kramp-Karrenbauer, cuja nomeação também será votada hoje.
Kramp-Karrenbauer, chefe do Governo do estado federado de Sarre, é apelidada no país de “miniMerkel” pelo alto grau de afinidade entre ambas e porque a sua designação, anunciada na semana passada, foi interpretada como um sinal para a sucessão da líder.
À espera de que os militantes social-democratas deem sinal verde ao pacto de coalizão em uma consulta interna, Merkel anunciou ontem, ao fim de uma reunião da cúpula do partido, os nomes dos seis ministros designados pelo CDU para o futuro Executivo, quatro dos quais são novatos em um Governo federal.
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