A operação integrada entre as forças federais e estaduais de segurança realizada desde ontem (19) no Rio de Janeiro é a maior em abrangência territorial desde o início das ações integradas, em julho do ano passado. A avaliação é do porta-voz do Estado-Maior Conjunto nas Ações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública, coronel Roberto Itamar.
“É a maior operação em termos de abrangência de espaço desde o início da GLO [Garantia da Lei e da Ordem], porque ela vem desde as divisas do Rio com outros estados até as comunidades que recebem as cargas, com três linhas de bloqueio”, disse o coronel, referindo-se ao decreto de GLO que permitiu a realização de operações integradas no estado do Rio. O decreto foi assinado em julho do ano passado e renovado para abranger todo o ano de 2018.
As ações continuam na manhã de hoje (20) e, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública, já estavam planejadas antes da publicação do decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. A medida foi assinada pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira (16) e está em discussão desde ontem no Congresso Nacional. Um balanço da operação integrada deve ser divulgado até a noite de hoje.
Mais de 3 mil integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, com policiais civis e militares, homens da Força Nacional de Segurança e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), montaram pontos de bloqueio e fiscalização nas divisas do Rio com São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Além disso, vias expressas na Baixada Fluminense e em São Gonçalo e acessos a comunidades estão sob patrulhamento.
Simultaneamente, as forças de segurança realizam uma operação na favela Kelson’s, na zona norte do Rio.