Para quem gosta de dançar, sambar é uma delícia. Mas a dor, as bolhas e todos os outros problemas são um empecilho para quem deseja curtir plenamente a folia. Por isso, o G1foi até quem mais entende da arte de sambar – as passistas – e pediu dicas para os foliões passarem pelos blocos e pela Sapucaí com um pouco mais de conforto e sem medo de encarar a maratona carnavalesca.
Se o assunto é samba, ninguém melhor para sanar as dúvidas dos “súditos” do que a própria realeza do carnaval. A rainha do carnaval carioca, Jessica Maia; a primeira princesa, Deisiane de Jesus; e a segunda princesa, Cíntia de Oliveira, contam que o hábito de sambar ajuda a ganhar resistência. Mas outras pequenas dicas podem fazer a diferença para quem não tem tanta prática.
“Não dá para usar sapato apertado. Os pés incham”, explica Cíntia de Oliveira. Ela dá preferência para os calcados fechados, pois há menos chance de escorregar.
Cristiane Felix, passista da Império da Tijuca há quatro anos, tem uma solução peculiar para sapatos abertos que não param no lugar: “Um absorvente na sola do pé para a sandália não escorregar”.
Porém, a solução só seria aplicada em casos extremos. Para os dias de folia comuns, a receita é tradicional: maneirar.
“Uma boa alimentação, descansar bastante, comidas leves e sapato apropriado”, explica Cristiane, de maneira didática para os não iniciados.
Sthefany Salles, da Acadêmicos do Sossego, conta que não costuma nem sentir os danos no calor do samba. Muitas vezes, só quando descansa percebe que exagerou. Mas se o folião passou do ponto, ela também tem uma receita: “Um escalda-pés que tenha sal grosso”.
Esta também é a solução para relaxar de Rafaella Mell, musa da Porto da Pedra. No caso dela, a solução é usada antes do desfile.
“Antes do desfile eu coloco os pés de molho com bastante sal grosso. E uso bastante esparadrapo para proteger na hora de entrar na avenida”, conta Rafaella, que usou botas de 15 centímetros de altura na Sapucaí.
Fora do glamour da Sapucaí, a opção de Rafaella é pelo conforto com pares de tênis.
Mesmo com as dificuldades, todas elas garantiram à reportagem que a felicidade proporcionada pelo carnaval é superior às dores.
“A gente sofre com calos, com bolhas. Mas, mesmo assim, a gente samba”, comenta a rainha do carnaval, Jessica Maia.