O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta sexta-feira (2) cortar a ajuda financeira aos países que não evitam a entrada de drogas nos Estados Unidos, mas não quis mencionar quais eram estas nações. A informação é da Agência EFE.

“Quero cortar a ajuda. Quero detê-la, se não podem evitar que as drogas cheguem, pois eles poderiam evitar isto de forma muito mais fácil do que nós”, disse Trump durante visita a uma divisão do Escritório de Alfândega e Proteção da Fronteira (CBP, na sigla em inglês) dos EUA.

“Esses países não são nossos amigos. Sabem, pensamos que são nossos amigos e enviamos enormes ajudas para eles. E, agora, não vou citar seus nomes (…), enquanto mandamos ajuda eles estão enchendo nosso país com drogas e riem de nós”, acrescentou. “Damos bilhões e bilhões de dólares [a esses países] e eles não fazem o que se supõe que deveriam fazer. E eles sabem disto. Mas vamos tomar uma ação muito dura”, concluiu Trump.

 

Na reunião com funcionários da CBP, o presidente se mostrou muito interessado na origem de drogas como a cocaína, a heroína e as metanfetaminas e no caminho utilizado para fazê-las chegarem aos Estados Unidos.

Trump perguntou, concretamente, pelos esforços da Colômbia e do México na luta contra o narcotráfico. O chefe da CBP, Kevin K. McAleenan, explicou em resposta ao presidente que no último ano houve “uma melhoria importante no diálogo e na eficácia” com as autoridades mexicanas, mas não mencionou nada da Colômbia.

Desde que Trump chegou há um ano na Casa Branca, os EUA pediram à Colômbia, um de seus maiores aliados na região, que fizesse “o possível” para eliminar o tráfico de drogas e advertiram para possíveis “problemas bilaterais” se nada fosse feito contra o aumento do número de plantações que são usadas como matérias-primas na produção de drogas no país.

Trump também ameaçou incluir a Colômbia em uma lista negra, junto com Venezuela e Bolívia, por descumprimento de seus compromissos internacionais nessa matéria. Além disso, a ameaça proferida hoje por Trump coincide com a primeira viagem de seu secretário de Estado, Rex Tillerson, à América Latina, que inclui escalas no México e a Colômbia.

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