HPV e Meningite: Imunização é baixa no Postão “Dr.Takashi Enokibara” em Dracena

O Ministério da Saúde lançou recentemente a nova campanha publicitária para aumentar a cobertura vacinal no País contra o vírus do HPV e meningite, em virtude da baixa adesão das doses aplicadas em todos os Estados da federação. Atualmente, em São Paulo, 49,9% das meninas e 36,7% dos meninos foram imunizados contra o HPV.

Em São Paulo, desde a incorporação da vacina HPV no Calendário Nacional, a cobertura com as duas doses é de 49,9% entre meninas de 9 a 14 anos e 36,7% entre os meninos de 12 e 13 anos, com a primeira dose.   

Em Dracena, a auxiliar de enfermagem da sala de vacina do Postão “Dr. Takashi Enokibara”, Irene Betoni, diz que neste mês está sendo realizada a mobilização e comunicação quanto à importância das vacinas do HPV e meningite para os adolescentes. Ainda segunda ela, ao dia, é aplicada uma média de cinco doses da vacina contra o HPV e quatro de meningite.

Irene informa que a procura rotineira por essas vacinas está normal, no entanto, houve redução nas aplicações das doses de HPV e meningite. “HPV em janeiro foram aplicadas 70 doses; fevereiro, 60 e março até a última sexta-feira foram 25”.

Já em relação à imunização contra a meningite, Irene lembra que em janeiro foram aplicadas 26 doses, fevereiro 19 e neste mês, 6 doses.

Irene comenta que meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos podem tomar a vacina contra o HPV. Ela ressaltou que a imunização contra a doença é aplicada em duas doses com o intervalo de seis meses. Já em relação à imunização contra a meningite, a profissional da saúde diz que é aplicada uma dose única para quem tem mais de um ano de idade.

Ela ressaltou que é importante lembrar que os pais levem a caderneta de vacinação e o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao imunizar contra o HPV e meningite, os adolescentes ficam protegidos contra o câncer do colo de útero, boca, intestino, pênis e meningocócica C, respectivamente.

SERVIÇO – O Centro de Saúde “Dr. Takashi Enokibara” está localizado na avenida Washington Luís e a sala de vacinas funciona de segunda a sexta-feira das 7h às 15h.

 

 

DOENÇAS E SINTOMAS HPV (Papilomavírus humano)

MARIA HELENA VARELLA BRUNA 7 de Abril de 2011 
Revisado em 6 de Março de 2018

HPV (papilomavírus humano), nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes, pode provocar a formação de verrugas na pele, e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc.), anal, genital e da uretra. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis, e de baixo risco (não relacionadas ao aparecimento de câncer).

Transmissão do Papiloma Vírus Humano (HPV)

A transmissão se dá predominantemente por via sexual, mas existe a possibilidade de transmissão vertical (mãe/feto), de autoinoculação e de inoculação através de objetos que alberguem o HPV.

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Diagnóstico

As características anatômicas dos órgãos sexuais masculinos permitem que as lesões sejam mais facilmente reconhecíveis. Nas mulheres, porém, elas podem espalhar-se por todo o trato genital e alcançar o colo do útero, uma vez que, na maior parte dos casos, só são diagnosticáveis por exames especializados, como o de Papanicolaou (teste de rotina para controle ginecológico), a colposcopia e outros mais sofisticados como hibridização in situ, PCR (reação da cadeia de polimerase) e captura híbrida.

Sintomas

A infecção causada pelo HPV pode ser assintomática ou provocar o aparecimento de verrugas com aspecto parecido ao de uma pequena couve-flor na pele e nas mucosas. Se a alteração nos genitais for discreta, será percebida apenas através de exames específicos. Se forem mais graves, as células infectadas pelo vírus podem perder os controles naturais sobre o processo de multiplicação, invadir os tecidos vizinhos e formar um tumor maligno como o câncer do colo do útero e do pênis.

O vírus do HPV pode ser eliminado espontaneamente, sem que a pessoa sequer saiba que estava infectada. Uma vez feito o diagnóstico, porém, o tratamento pode ser clínico (com medicamentos) ou cirúrgico: cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser ou cirurgia convencional em casos de câncer instalado.

Recomendações

* Lembre-se que o uso do preservativo é medida indispensável de saúde e higiene não só contra a infecção pelo HPV, mas como prevenção para todas as outras doenças sexualmente transmissíveis;

* Saiba que o HPV pode ser transmitido na prática de sexo oral;

* Vida sexual mais livre e multiplicidade de parceiros implicam eventuais riscos que exigem maiores cuidados preventivos;

* Informe seu parceiro/a se o resultado de seu exame para HPV for positivo. Ambos precisam de tratamento;

* Parto normal não é indicado para gestantes portadoras do HPV com lesões genitais em atividade;

* Consulte regularmente o ginecologista e faça os exames prescritos a partir do início da vida sexual. Não se descuide. Diagnóstico e tratamento precoce sempre contam pontos a favor do paciente.