Famílias passam seu tempo livre conectados em aparelhos eletrônicos. As crianças nascem em um mundo conectado, e desde pequenas aprendem com o exemplo dos pais a se distrair com celulares, tablets e computadores.
Heloísa Porto Alegre, coordenadora do Colégio Pentágono, explica que esses objetos são interessantes para as crianças, que estão em uma fase de descoberta sobre o mundo.
“O divertido é explorar”, diz a especialista. “Os pais se aproveitam desse fato e deixam que as crianças fiquem entretidas com esses brinquedinhos”.
A coordenadora educacional da Escola Morumbi Unidade Moema, Juliana Hanftwurzel, esclarece que a tendência de as crianças utilizarem aparelhos eletrônicos cada vez mais cedo faz parte de uma tendência. Os dispositivos são capazes de entreter e sua compra é de fácil acesso no mercado, os transformando em atividade de lazer presente no dia-a-dia das pessoas.
Por essa tendência, o uso da internet deve ser regulado pelos pais. Dentro de cada família deve haver um consenso para um tempo limite de uso, pois o exagero se torna prejudicial se a criança não vivenciar outras atividades importantes para seu desenvolvimento saudável, como brincar livremente, conviver com outras crianças e explorar o mundo a sua volta. O uso abusivo também pode desenvolver problemas articulares, dores musculares, dor de cabeça, problemas visuais, ansiedade, irritação, agressividade e baixo desempenho escolar.
“O importante é que a criança gaste o tempo com qualidade na rede, e não quantidade”, afirma Cynthia Wood, psicóloga e psicopedagoga clínica. “É recomendado também que os pais usem a tecnologia com a criança para instruí-las dos perigos, para que não fiquem o tempo todo só utilizando a tecnologia”.
Outra dica importante: os pais precisam estar atentos ao conteúdo acessado pelos filhos na internet. O diálogo é a base para a relação entre ambos, que deve ser construída na transparência e confiança, concordam as três especialistas.
Segundo Heloísa Porto Alegre, os pais devem acompanhar o histórico de pesquisa dos filhos, conversas e postagens. Para os pais que trabalham, Cynthia Wood aconselha que utilizem programas de controle, como bloquear canais inapropriados para crianças na televisão e o controle Kids no YouTube.