A estação espacial chinesa Tiangong-1 deve retornar à atmosfera da Terra nos próximos dias, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA). Uma nova imagem, capturada por um sistema de radar do instituto alemão Fraunhofer FHR, próximo a cidade de Bonn, mostra a nave em queda e a uma altitude de 270 km nesta terça-feira (27).
Desocupada desde 2013, os chineses perderam o contato com a Tiangong-1 em 2016. Com isso, não é possível prever o horário exato da reentrada na atmosfera da Terra. Segundo a ESA, isso deve ocorrer em algum momento entre a manhã do dia 31 de março e a madrugada do dia 2 de abril.
Os astrônomos informaram que nesta quarta-feira (28) a estação já deveria estar um pouco mais próxima, a 200 km de altitude – 300 km abaixo de onde estava em janeiro. A Estação Espacial Internacional, por exemplo, fica a uma altitude média de 340 km.
Boa parte da nave deverá se desintegrar e queimar no retorno ao planeta. As opções de entrada são variadas: ela pode entrar pela China, no Oriente Médio, no centro da Itália, no norte da Espanha, nos estados do norte dos Estados Unidos, na Nova Zelândia, na Tasmânia, uma parte da América do Sul (incluindo o Brasil) e na África do Sul.
Veja mapa abaixo:
- Regiões em amarelo têm maior probabilidade de queda da nave;
- Áreas em verde têm menor probabilidade;
- Áreas em azul não tem chance.
Curiosidades da estação espacial chinesa Tiangong 1
- Foi a primeira lançada e construída pelo país.
- Foi projetada para ser um laboratório equipado e foi lançada em 30 de setembro de 2011.
- O objetivo era aperfeiçoar as tecnologias de aproximação e acoplamento de naves.
- Dois módulos compõem a Tiangong 1: um deles é habitável.
- A nave tem 15 m³ e 8,5 toneladas.
- Ela recebeu duas missões tripuladas: a Shenzhou 9 e Shenzhou 10.
- Uma nave não-tripulada foi enviada em 2011 para testar o encaixe com a estação.