O Índice do Custo de Vida (ICV), medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na cidade de São Paulo, apresentou alta de 0,05% em fevereiro, abaixo da apurada em janeiro, quando a taxa havia sido de 0,95%.
No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 2,55%, ficando ligeiramente acima do registrado na última pesquisa, de 2,35%. Nesse primeiro bimestre, o ICV acumula alta de 1,01%.
Dos dez grupos de despesas pesquisados, três apresentaram queda: alimentação (0,5%); vestuário (0,63%) e equipamento doméstico (0,03%). Os itens alimentícios que mais caíram de preço foram as carnes (2,12%); as aves e ovos (1,82%); leite in natura (1,67%) e grãos (0,66%). O feijão baixou 1,28% e o arroz teve queda de 0,54%.
Em sentido oposto, a maior pressão inflacionária ocorreu no grupo despesas diversas com alta de 2,77%. Nos dois primeiros meses do ano, esse grupo teve aumento de 4,28%, puxado, principalmente, pelos preços mais elevados nos gastos com animais domésticos (5,05%).
Também foram constatadas altas nos grupos recreação (0,76%); saúde (0,75%); transporte (0,38%); habitação (0,12%) e educação e leitura (0,02%). Já em despesas pessoais foi observado estabilidade. No ano, esse grupo acumula leve alta de 0,21%.
A pesquisa mostra que as famílias de baixa renda tiveram menor impacto inflacionário e pelo perfil de consumo na faixa de renda média de R$ 377,49, o ICV teve redução de 0,08%. No grupo de famílias com renda média de R$ 934,17, o índice ficou negativo em 0,02% e para a faixa de maior poder aquisitivo, com ganho médio de R$ 2.792,90, a taxa aumentou 0,12%.