O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que calcula a variação de preços dos produtos na saída das fábricas, ficou em 0,41% em fevereiro deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa é inferior ao 0,47% de janeiro deste ano, mas superior ao 0,45% de fevereiro do ano passado.
O IPP acumula taxa de 0,89% no ano e 5,23% em 12 meses, de acordo com os dados divulgados hoje (29).
A principal responsável pela alta de preços de 0,41% do IPP em fevereiro foi a metalurgia, com uma inflação de 2,51% no mês. A taxa foi impulsionada pelo aço, bobina, lingotes e alumínio, que sofrem influência do mercado internacional.
“A China tem aumentado bastante seus preços em relação ao aço, fechando usinas de indústrias que produzem aço de baixa qualidade, também para se adequar a padrões internacionais. Além disso, o cobre também tem registrado aumentos”, explica o pesquisador do IBGE Manuel Campos Souza Neto.
Outro impacto importante no IPP veio da indústria de alimentos, cujos produtos tiveram inflação média de 0,95%. Além da metalurgia e dos alimentos, 21 das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram inflação em fevereiro. Apenas três segmentos tiveram deflação (queda de preços): máquinas e equipamentos (0,17%), bebidas (1,53%) e derivados de petróleo e biocombustíveis (3,15%).
Entre as grandes categorias de uso da indústria, apenas os bens de consumo semi e não duráveis tiveram deflação (0,51%). A maior inflação ficou com os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados do setor produtivo (0,87%).