A partir do mês que vem deve passar a valer uma nova tabela de preços de medicamentos. Mas já se sabe que a estimativa da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) é que o índice máximo de reajuste de medicamentos neste ano ficará em 2,84%.
É importante entender que o aumento não se dá por um índice fixo, mas variando por produto. Sendo que a taxa dos produtos com maior concorrência tem um índice menor de reajuste, e, para os mais inovadores o aumento é maior. Mas qual o impacto dos preços para os consumidores na hora de comprar esses produtos? Muito grande, como comprova pesquisa do IFEPEC – Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC).
IMPORTÂNCIA DO PREÇO PARA O CONSUMIDOR
O fato de o consumidor priorizar o preço na hora de adquirir medicamentos foi comprovado por meio da pesquisa Análise do perfil de compra dos consumidores de medicamentos, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC). Segundo os resultados, 45% dos consumidores trocam os produtos que procuravam por genéricos ou similares de menor preço; a quase totalidade desses clientes buscava economia.
A pesquisa teve como objetivo apurar as características de compras de medicamentos dos brasileiros, o tipo de medicamento adquirido, o percentual de consumidores que portavam receituário e o índice de troca de medicamento, bem como os motivos que levaram a essa troca.
Segundo a pesquisa, dos entrevistados que foram às farmácias, 72% adquiriram os medicamentos, contudo, apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar, 31% modificaram parte da compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos. Tal afirmação se baseia no fato de que a pesquisa constatou que 97% dos entrevistados que trocaram de medicamentos compraram uma opção de menor preço.