A Polícia Militar do Rio de Janeiro atualizou na noite deste sábado (24) o número de mortos durante operação policial pela manhã na favela da Rocinha. Em comunicado, a corporação corrigiu para seis o número de vítimas em confronto e informou que, durante a tarde, os corpos de mais duas pessoas foram entregues à Delegacia de Homicídios, que investiga as mortes.
Os moradores, no entanto, afirmam que o número de vítimas no tiroteio de hoje pode ser maior. Já a Secretaria Municipal de Saúde confirma que sete pessoas chegaram ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, o mais próximo à favela.
No entanto, a PM só levou seis baleados. A secretaria não dá detalhes sobre as circunstâncias da chegada das pessoas mortas à unidade de saúde, mas não confirma a chegada de mais nenhuma vítima.
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Mais cedo, por meio de nota, a Polícia Militar havia informado que o Batalhão de Choque foi surpreendido por pessoas armadas e teve de reagir. Nas redes sociais, nas páginas como Favela da Rocinha e Rocinha Alerta, moradores afirmaram que as vítimas se renderam, mas, ainda assim, foram executadas pelos policiais. Acrescentaram que dois criminosos atingidos por balas conseguiram fugir a pé pela mata, escapando do cerco. A PM não comentou as denúncias.
A Rocinha, uma comunidade com cerca de 70 mil pessoas e uma das maiores favelas do país, teve a rede elétrica atingida e ficou sem luz. A Light, concessionária de energia, informou que, diante da insegurança, não pode enviar técnicos para reestabelecer o fornecimento.
Também nas redes sociais, moradores reclamaram por terem equipamentos afetados no sábado, dia de descanso de boa parte das famílias. Outros contaram que, por conta dos tiroteios, não conseguiram sair para trabalhar.
O suposto confronto com a PM ocorreu na Rua 2 e na localidade conhecida como “Roupa Suja”. No local, foram encontrados pelos policiais um fuzil, sete pistolas e duas granadas.
A PM mantém patrulhamento reforçado na comunidade desde setembro de 2017, quando bandidos de facção criminosa rival à instalada na Rocinha tentaram retomar o controle da venda de drogas. Para auxiliar as polícias, cerca de 1 mil agentes das Forças Armadas fizeram um cerco no local. Nenhum dos traficantes líderes do confronto foi preso, à época.
Na quarta-feira (21) à noite um policial militar e um morador haviam morrido durante outro confronto entre policiais e bandidos da comunidade.