O Programa Estadual de Transplantes, criado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, fez, em janeiro deste ano, 129 transplantes de órgãos e tecidos humanos, o maior número de procedimentos realizados desde o lançamento do programa, em 2010. As informações foram divulgadas hoje (21), pelo governo do estado.
Para o governo do estado, isso mostra que o Rio entrou em 2018 com o pé direito. “Além de conquistar o maior número de transplantes de órgãos e córneas realizados no primeiro mês do ano em toda sua história, o programa alcançou, em fevereiro, o dobro de transplantes de coração em comparação ao mesmo mês do ano passado.”
Segundo as informações do governo estadual, os transplantes de córnea também tiveram crescimento expressivo, com 42% a mais de procedimentos, na comparação com janeiro e fevereiro do ano passado. O Executivo aponta, porém, um desafio: diminuir o índice de negativas familiares, que, “no Rio de Janeiro, é de cerca de 30%, o que fez com que, apenas no ano passado, mais de 230 órgãos deixassem de ser doados”.
Os números de janeiro – 129 transplantes no estado – superam em 84% o de procedimentos do mesmo tipo feitos no mês do ano passado (70).
O secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Junior, adverte, no entanto, que. apesar dos avanços em termos de doação de órgãos, ainda é preciso manter o debate sobre o assunto para que se reduza a negativa das famílias.
A secretaria destacou também as cirurgias de transplante de coração feitas em fevereiro, que dobraram em relação ao mesmo mês do passado. “Foram quatro transplantes realizados apenas em feveireiro, marca inédita para apenas um mês”, ressalta nota do governo.
Ao longo do ano passado, foram feitos 12 transplantes cardíacos no estado do Rio. Em 2016, foram nove procedimentos desse tipo. “Em apenas um mês, já realizamos um terço do que foi feito de cirurgia deste tipo em todo o ano de 2017”, destacou no comunicado o coordenador do Programa Estadual de Transplantes, Gabriel Teixeira.