comércio varejista brasileiro cresceu 0,9% em janeiro, na comparação com dezembro (com ajuste sazonal), beneficiado pelas vendas no segmento de hipermercados e alimentos. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (13).

Na comparação com janeiro de 2017 (sem ajuste), o volume de vendas do comércio avançou 3,2%, a 10ª alta seguida e o melhor resultado desde 2014. Já no acumulado de 12 meses, o comércio cresceu 2,5%, maior avanço desde novembro de 2014, quando subiu 2,6%.

Segundo a gerente da coordenação de serviços e comércio do IBGE, Isabella Nunes, o indicador acumulado em 12 meses é o mais significativo na medida que sugere a real tendência de recuperação do setor.

 

 

Segmentos

 

A alta foi beneficiada por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que subiu 2,3%, junto de artigos de uso pessoal e doméstico (6,8%). Os dois segmentos compensaram as quedas no mês anterior, de 1,7% e 7,2%, respectivamente.

“Nos 12 meses, todas as atividades estão em recuperação e isso indica uma trajetória de retomada”, apontou a pesquisadora.

O IBGE revisou os dados do comércio de dezembro. Ao contrário do recuo de 1,5% ante novembro, conforme divulgado anteriormente, a queda foi de 0,5%. De acordo com a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes, o órgão revisou dados primários, além do ajuste de informações.

Em 2017, o varejo brasileiro cresceu 2%, após dois anos de fortes quedas. O resultado foi influenciado pelas vendas de móveis e eletrodomésticos, que voltaram a aumentar com a queda das taxas de juros.

 

Veja o resultado das vendas do varejo por segmento em janeiro:

 

 

  • supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,3%,)
  • artigos de uso pessoal e doméstico (6,8%).
  • Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (3,7%)
  • tecidos, vestuário e calçados (0,9%)
  • livros, jornais, revistas e papelarias (0,3%)
  • artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,5%)
  • móveis e eletrodomésticos (-2,3%)
  • combustíveis e lubrificantes (-0,3%).

 

 

Varejo ampliado

 

O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui também as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção, recuou 0,1% ante dezembro de 2017, após a queda de 0,4% em dezembro.

Frente a janeiro de 2017, o varejo ampliado subiu 6,5%, nona taxa positiva seguida. O acumulado em 12 meses subiu 4,6% em janeiro, maior variação positiva desde setembro de 2013 (4,9%), mantendo a trajetória de alta iniciada em julho de 2016).