Os hospitais e postos de saúde ficam sobrecarregados. O medo das epidemias conduz a uma insatisfação local, são mal tratados e a xenofobia atingiu níveis alarmantes.

Vieram refugiados do Haiti provocado por terremoto, todos em petição de miséria, além de angolanos.

As autoridades de Roraima reclamam pela alta de imigração que tem prejudicado o Estado por falta de recursos. Os cubanos por receberem aporte financeiro dos familiares vêm de maneira mais humana apesar de lotarem os postos de saúde e aumentam os problemas, econômicos, etc…

Com tantos problemas o neocooperativismo pode ser uma solução para resolver os problemas dos imigrantes e mesmo do próprio Brasil. A falta de capital é grande e a cooperação econômica entre os cooperadores/donos vai organizar o capital local que precisa do apoio e estimulo do Estado, pois inverte a situação, o Estado precisa do cooperativismo.

Este que sempre respeitou a área de atuação local/comunitária para gerar trabalho e organizar o econômico sofre as conveniências dos interesses governamentais que costumam se utilizar desta formula de acordo com os interesses do país, inclusive usaram-no como meio de implantação do comunismo ou da organização do capitalismo, inspirando a intervenção estatal nas tentativas de ordenar o mercado econômico interno, visando gerar empregos.

O cooperativismo sempre teve como lema fixar o homem na terra, ao cumprir o seu maior dever social, gerar trabalho e combater a evasão dos povos, fixando-os pelo trabalho e evitando o êxodo populacional.

A autonomia do movimento advirá do apoio e estimulo do Estado em interdependência  para mudar e evoluir, organizando a sociedade de baixo para cima, gerando trabalho em cooperação econômica. O capital passa a ser uma mercadoria adquirida pelo social, evitando a debandada em busca do capital e de trabalho com a esperança de obterem o capital suficiente para viver bem e economizar para retornarem ao seu país de origem, que muitas vezes nem conseguem.

A doutrina cooperativa e seus princípios organizam as ações práticas e as transformam em ação consciente, adaptando-as às necessidades atuais, motivo pelo qual necessitam de um neocooperativismo, para que possam reproduzir os significados sociais e humanos.

A organização social virá da organização do mercado interno, atendendo ao consumidor e não ao capital, um dos antagonismos entre as doutrinas econômicas neoliberal e a econômica da cooperação, uma vez que o know-how deve ir e se implementar na área de atuação local/comunitária, junto aos cooperadores/donos de acordo com seus interesses. Esta deve ser uma das formas de evitar o êxodo populacional em busca de emprego e capital para sobrevivência, em outros países.

Na doutrina econômica da cooperação a força do capital está na cooperação econômica, enquanto a força social se dá através da organização em grupos de necessidades homogêneas na área de atuação local/comunitária, a fim de compartilhar igualdades em cooperação econômica e compartilhar fraternidades em valores sociais e em solidariedade social, cumprindo com o maior dever social, o de gerar trabalhos.

A moderna “iempresa” é o meio de implementar o neocooperativismo em que transforma todos os cooperadores/donos em usuário do capital.

 

 

* Escritora, formada pela USP e com pós-graduação em informática e cooperativismo, fomenta reflexão sobre a economia solidária, novas regras