Policiais que integram o 2º Pelotão da PM Ambiental, em Dracena, durante operação 1º de maio, em patrulhamento preventivo pela área do Parque Estadual Rio do Peixe, município de Ouro Verde, avistaram grande quantidade de fumaça vindo do interior do parque estadual. O grupo foi verificar a área que estava sendo queimada através da Fazenda Paulista, que faz divisa com o local que foi incendiado, notando, mesmo que de forma prévia que o foco originou-se provavelmente dentro da circunscrição do parque do Rio do Peixe. Os policiais percorreram a área onde houve o incêndio, a fim de verificar se havia outros indícios da origem do fogo. Neste momento se depararam com funcionários de várias usinas da região que trabalhavam para combater o incêndio. Juntos as equipes das empresas, a PM Ambiental combateu os focos ainda existentes nas dependências do parque, mas em virtude dos fortes ventos o fogo transpassou a estrada atingindo o canavial existente nas proximidades.

Segundo a Polícia, de imediato foram criadas frentes de trabalho com auxílio de caminhões pipas e tratores, usando técnicas de combate do fogo, bem como aplicando métodos preventivos para que não se alastrasse até área de preservação permanente e novamente adentrasse ao parque.

Ainda foi realizado contato com um engenheiro ambiental, que declarou que foi informado por funcionários da Fazenda Paulista, no sábado, 28, por volta das 21 horas, que havia um incêndio no Parque Estadual Rio do Peixe, acionando de imediato o plano de auxílio mútuo (pam), para combater o fogo, que contou com sete caminhões pipas, um trator com tanque da fazenda paulista, uma patrola, um trator, uma carreta tanque, a brigada de combate a incêndio totalizou 32 pessoas, participaram das equipes funcionários das usinas. Durante os trabalhos de fiscalização com auxílio do terminal móvel de dados foi realizada a mensuração de toda área atingida pelo fogo, sendo que foi constatado – área 1: 295,96092 hectares dentro de unidade de conservação (Parque Estadual Rio do Peixe), com vegetação atingida em estágio secundário pioneiro de regeneração (vegetação exótica do tipo braquiária e cana-de-açúcar); – área 02: 111,51796 hectares de área comum localizada dentro da área de zona de amortecimento do referido parque, com vegetação exótica de cana-de-açúcar; – área 03: 56,51257 hectares de área comum localizada dentro da área de zona de amortecimento do referido parque, com vegetação exótica de cana-de-açúcar.

Na sequência foi contatado com funcionário da Fazenda Paulista, que confirmou as informações do engenheiro, representante da usina, e acrescentou ainda que o foco deu início dentro do parque, próximo a divisa com a fazenda e quando percebeu o fogo tentou combater e acionou a usina, notando que o incêndio tomou grandes proporções, sendo que não havia como combater o incêndio nas dependências do parque devido não haver estradas de manutenção e corta fogo.

A Polícia não vislumbrou nexo de causa da queima dos canaviais, porém a ocorrência deverá ser encaminhada a delegacia de polícia do local dos fatos, para investigação da autoria, devido à área atingida em unidade de conservação infringir o artigo 40 da lei 9.605/98, provocar dano à unidade de conservação.

Cabe ressaltar que foi notado pela equipe de policiais que no interior da área de parque não existem aceiros, tão pouco estradas para manutenção e combate a incêndio, que contribuiu para que o incêndio se alastrasse em grandes proporções.