Às vésperas de transmitir o cargo de governador para seu vice Marcio França, Geraldo Alckmin deixa como legado um dos maiores déficits de efetivo da história da Polícia Civil. Para se ter uma ideia, faltam hoje 615 delegados de polícia no Estado de São Paulo, de acordo com o Defasômetro do SINDPESP, atualizado no último dia 31 de março. A tabela é abastecida mensalmente com dados do Diário Oficial do Estado.
De acordo com o Defasômetro, o déficit da Polícia Civil é, hoje, de 12.274 cargos. Existem 41.912, mas apenas 29.638 estão preenchidos. Para agravar ainda mais a situação, existem pelo menos 1.386 pedidos de aposentadorias já protocolados, o que poderia elevar esse déficit para 13.660.
A carreira de Investigador de Polícia é a que apresenta o maior rombo, com 2.777 cargos vagos, seguida pela de Escrivão de Polícia, com 2.505 cargos vagos, Agente Policial, com 851 e Agente de Telecomunicações, com 769. A carreira de Carcereiro, com um déficit de 2.859, foi “extinta” pelo Governo de São Paulo, o que impede a substituição dos cargos que se tornam vagos, prejudicando ainda mais a Polícia Civil.
Os médicos legistas também estão com déficit de 271 profissionais. Peritos criminais, faltam 474. Papiloscopistas, 268 e auxiliares de papiloscopista, 402. A tabela completa está no site do SINDPESP, no link http://sindpesp.org.br/defasometro.asp