Como o amor é gerado em nossas vidas? O apóstolo Paulo nos diz em 1Timóteo 1.5: “…o amor procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera”.
Do coração “fluem as fontes da vida” (Provérbios 4.23). “Da abundância do coração fala a boca” (Lucas 6.45). O coração é a fábrica da nossa alma que gera todo desejo, pensamento, emoção e ação. Nosso coração determina nossa identidade, e é por isso que, para nos tornarmos verdadeiros cristãos, precisamos de um novo coração e novas influências espirituais sobre ele (Ezequiel 36.26–27).
Paulo é específico no texto de 1 Timóteo. Ele diz que o amor fluirá de um coração puro – isto é, aquele que não tem contaminação. O amor sincero e abrangente por Deus, expresso no amor radical pelo próximo, só é possível onde o pecado e a ofensa é perdoada. Cristãos que honram a Deus são aqueles que amam a Jesus – que reconhecem seus pecados e se apegam à cruz, o único lugar onde a ira de Deus contra o pecado é satisfeita. Podemos dizer como Paulo em 1Timóteo 1.15: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”.
O coração puro não é soberbo, porque reconhece a profundidade de sua própria depravação quando separado de Cristo. O coração puro capacita a pessoa a amar até mesmo aqueles que são mais difíceis de amar, porque experimentou o amor do próprio Deus que supera todo o pecado.
De fato, se dizemos que estamos em Cristo, nosso fracasso em amar os outros é um sinal claro de que nosso coração não está verdadeiramente sendo preenchido por Ele. O amor flui de um coração limpo e transformado.
O amor também é alimentado por uma “boa consciência”. Na Bíblia, a consciência pura nos faz buscar o que é certo, dificultando assim o erro; julga uma decisão ou ação; e produz culpa ou aprovação no coração. Para Paulo, uma consciência pode ser “boa” (1 Tm 1.5, 19) ou “clara” (1 Tm 3.9), mas também pode tornar-se contaminada quando alguém se afasta da fé e rejeita a Cristo (1 Timóteo 4.1–2; Tito 1.14–15).
O amor nasce em um coração livre de culpa e que goza de motivações puras. Paulo reconheceu plenamente sua própria pecaminosidade, mas ele pregou com uma boa consciência, porque havia encontrado a Cristo. Só Jesus pode limpar a consciência de um pecador e capacitá-lo à motivação correta, pois Jesus Cristo é a fonte única a vida de amor.
*Pastor presbiteriano