Eleito em 2014, com 8.893 votos, apenas em Dracena, o deputado federal Evandro Gussi (PV-SP) não concorrerá à reeleição. Ele concedeu entrevista por telefone esta semana ao Jornal e Portal Regional direto de Brasília (DF).

“Não serei candidato nas próximas eleições. Devo retomar projetos particulares da minha vida”, disse o deputado que assumiu o mandato em 2015, ocupando uma vaga na Câmara dos Deputados nunca antes tendo um representante da Nova Alta Paulista.

Ele comentou que está feliz pela oportunidade que as pessoas conferiram a ele e de ter contribuído com a região e o Brasil. “Tenho gratidão às pessoas, pela bondade do povo brasileiro, ao acolhimento com que fui recebido. A política é o melhor caminho para melhorar a vida das pessoas e isso aprendi com o deputado Reinaldo Alguz”, frisou Gussi afirmando que pretende continuar no PV.

“Nunca pensei em uma carreira política. Carreira desenvolvi na minha vida como doutor em Direito, meu objetivo é servir ao meu País onde estiver”, ponderou.

Gussi afirmou que uma série de circunstâncias o impedem de oferecer o seu serviço como candidato no momento, porém não o impedirão de contribuir com o País quer seja como solicitado ou como cidadão.

Notícias nos bastidores políticos dão conta de que o nome de Gussi teria sido cogitado para assumir o Ministério do Meio Ambiente. Segundo o deputado, o que existe é um consenso grande formado por um grupo de parlamentares, tanto deputados quanto senadores, para que ele sucedesse o atual ministro, Sarney Filho

“Representantes de cerca de 20 partidos viram com bons olhos a possibilidade de ser o sucessor do atual ministro, devido a critérios técnicos pelas ações que desenvolvi durante o meu mandato”.

Gussi esclareceu que não recebeu nenhum convite oficial, não tem pretensão para tal e não está trabalhando para isso, por outro lado afirmou que ficou emocionado.   

O deputado federal Evandro Gussi é o líder do partido na Câmara dos Deputados. Ele residiu em Dracena e os pais dele, o advogado Reinaldo Gussi e Luci Mara moram na cidade.

Quanto ao envio de verbas para a região de Dracena, a assessoria do parlamentar informou que foram R$ 13.767.333,33 nas áreas de saúde, turismo, educação, meio ambiente e desenvolvimento social, sendo contempladas Prefeitura e Santa Casa.

Com relação à cidade de Dracena, o montante destinado por Gussi, ainda segundo a assessoria de comunicação, corresponde a R$ 3.384.635,44 – valor distribuído para as áreas de saúde, infraestrutura para recapeamento de ruas, turismo e desenvolvimento social, sendo as entidades beneficiadas: Prefeitura e Santa Casa de Dracena.

 

EM PAUTA O MEIO AMBINTE

O RenovaBio – projeto de lei pelo deputado Evandro Gussi  foi aprovado na Câmara em votação expressiva de 299 votos a favor e apenas 9 contra, foi aprovado no Senado Federal por aclamação, e foi sancionado pelo presidente Temer em dezembro do ano passado.

Está alinhado com o que há de mais moderno no mundo em termos de precificação do carbono em mercado e de regulação indutora, não intervencionista, dos agentes privados na direção da expansão do uso da bioenergia e dos biocombustíveis, ações fundamentais para que seja atingida a meta de limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius, até 2050. O mundo espera esse protagonismo do Brasil. Leia na página 2 artigo sobre o tema.

Gussi também foi relator do Acordo de Paris, negociado por mais de 190 países em dezembro de 2015. O documento passa a valer depois que mais de 55 nações, inclusive o Brasil, transformaram o texto em leis nacionais. Juntos, esses 55 países respondem por, pelo menos, 55% das emissões globais de gases responsáveis pelo aumento da temperatura do planeta. Pelo acordo, cada país tem metas específicas, num esforço para manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais.

O compromisso brasileiro, aprovado pela Câmara e o Senado e confirmado pelo presidente Michel Temer em setembro, passa pelo corte de 37% das emissões até 2025, com indicativo de redução de 43% até 2030.

Organizações não governamentais reunidas no Observatório do Clima alertam que as emissões brasileiras de 2005 que serviram de base para elaboração das metas foram subestimadas e, portanto, se não houver correção dos dados, o Brasil pode ter “ganhado” uma licença para emitir milhões de toneladas a mais. Apesar do cenário desafiador, o líder do Partido Verde na Câmara, deputado Evandro Gussi, de São Paulo, avalia que o país tem condições de demonstrar forte compromisso no cumprimento do acordo.