O artista visual Marcos Vinícius de Oliveira, 26 anos, de Adamantina, tem deixando sua marca em murais de grandes dimensões, pela cidade. Ele já coleciona 11 trabalhos com aerografia, em escolas e outros espaços públicos e particulares, e quer suas criações presentes sob diversas possibilidades de intervenção.
Marcos Vinícius sempre cultivou o hábito por desenhos. Antes dos grandes murais ele se debruçava sobre uma folha de papel e desenhava, em mínimos detalhes, trabalhos autorais e reproduções usando apenas caneta esferográfica, o que já foi destaque em reportagem especial do SIGA MAIS (reveja aqui).
Agora, em nova fase e inspirado em grandes nomes da pintura de murais – como Os Gêmeos e Eduardo Kobra – o artista adamantinense reúne toda sua vivência em artes visuais bastante experimentada com papel e caneta, somada ao aprendizado no curso superior de desenho industrial, já concluído, e parte para novos desafios e provocações, propondo a utilização de paredes para pinturas que interagem com a arquitetura dos lugares e a relação das pessoas com esses espaços.
Ele conta como tudo começou. “Eu já conhecia os trabalhos dos Gêmeos e do Eduardo Kobra, mas o que me fez investir nisso foi o resultado alcançado após um trabalho feito sobre abelhas, em aerografia, quando percebi que levava jeito para isso”, disse.
Depois dessa experiência positiva e inspiradora, Marcos reuniu as economias que tinha, em razão da venda dos desenhos criados com papel e caneta esferográfica, e comprou o kit inicial para seu novo projeto: compressor e tintas.
Hoje, ele tem essa atividade como trabalho profissional e fonte de renda, onde utiliza dos espaços públicos para experimentações e visibilidade e alcança a iniciativa privada para serviços sob demanda, de acordo com a necessidade e projeto do interessado.
Nessa condição de faturar com os painéis, Marcos explica que o processo de criação é discutido com o cliente, que descreve seus interesses e objetivos e também apresenta sugestões. O passo seguinte é a definição da imagem e a aplicação das marcações que orientarão a ampliação das mesmas no espaço reservado ao mural.
Mas a maior recompensa, segundo o próprio artista, é a reação do público. “A melhor sensação, ao finalizar os trabalhos, é ver as pessoas falando que o local ganhou mais vida”, diz.
Marcos Vinicius coleciona 11 painéis, em grandes proporções. O primeiro deles foi a pintura do rosto de Salvador Dalí, na Escola Estadual Fleurides Cavalini Menechino, visível para quem passa pela Avenida Rio Branco. E o mais recente, finalizado nesta semana, foi o rosto de Albert Einstein, nas dependências internas da Escola Estadual Helen Keller. Neste último, foram três dias entre desenhar na parede e pintar.