A Polícia Civil de Presidente Venceslau realiza desde às 5h de hoje (27/12/2017) a terceira fase da operaçãooff line com a finalidade de produzir provas que desvelaram uma associação criminosa que tem aplicado golpes mercantis em empresas da região de Presidente Prudente e de Araçatuba, interior de São Paulo. Prejuízos superam 1 milhão de reais.
As investigações policiais começaram em novembro de 2017 quando um empresário de Presidente Venceslau noticiou a PCSP prejuízo de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) relacionados a venda produtos agropecuários mediante emissão de boletos bancários.
Após trabalhos desenvolvidos pelos investigadores de polícia da CPJ de Presidente Venceslau-SP foram identificadas 10 pessoas que entram em contatos com as vítimas por meio de telefonemas ou mensagens de texto.
FASE 1: DA OPERAÇÃO OFF LINE: Na manhã de 20/12/2017 a Polícia Civil de Presidente Venceslau cumpriu buscas nas cidades de Flórida Paulista, Buritama, Brejo Alegre e Birigui, angariando consistente grupo de provas que liga sujeitos, até então desconhecidos às fraudes ocorridas em toda a região de Presidente Prudente. Na oportunidade foram apreendas mercadorias e documentos relacionados aos golpes.
Com os investigados da cidade Birigui foram encontradas notas fiscais da empresa utilizada nos golpes e informações sobre outras possíveis vítimas daquela região, R$ 1.390,00 em dinheiro, doze pedras douradas (aparentam ouro), 12 celulares, 04 notebooks, três relógios de luxo e uma porção de cocaína. Seis pessoas estavam dentro de uma casa e não souberam explicar quem é o responsável pela locação do imóvel. Os investigados realizam compras por telefone utilizando o CNPJ dessas empresas e depois desaparecem da cidade levando as mercadorias. O local interditado em Birigui era a nova base do grupo que começaria a aplicar os golpes naquela cidade nos próximos dias. As pessoas envolvidas responderão o início de investigações em liberdade já que os crimes ocorreram há mais de 30 dias. As provas coletas dependem de tratamento para correta vinculação de todos os envolvidos.
Na cidade de Brejo Alegre os policiais civis identificaram um homem responsável pelo transporte das mercadorias e apreenderam com ele 16 sacos de ração em uma propriedade rural. O produto é objeto do golpe praticado em Presidente Venceslau.
Em Florida Paulista os policiais identificaram mercadorias sem notas, apreenderam computadores e celulares.
FASE 2: DA OPERAÇÃO OFF LINE: No dia 15/02/2018, a Polícia Civil deflagrou em coordenação pela Delegacia de Polícia de Pirapozinho, a segunda fase da operação, com recuperação de mercadorias e prisão em flagrante de um dos líderes da organização.
FASE 3: DA OPERAÇÃO OFF LINE: Após as investigações e trabalho de análise dos materiais apreendidos nas duas fases anteriores, policiais civis de Presidente Venceslau, Prudente e Pirapozinho deflagraram na manhã de hoje, nas cidades de Presidente Prudente, Presidente Venceslau e Flórida Paulista a terceira fase da Operação Offl line, com cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisões preventivas dos líderes do grupo.
A Polícia Civil representou e a Justiça de Presidente Venceslau concedeu as prisões preventivas de NIVALDO SEBASTIÃO DA SILVA, 49 anos e de GILLIARDI DA CRUZ SILVA, 33 anos, líderes da associação criminosa. Durante as investigações um dos líberes também foi preso em flagrante pela PCSP.
De acordo com o relatório final das investigações, o grupo criminoso tem como modus operandi a abertura de dezenas de empresas para aquisição de produtos de outros empresários da região, o que representa expressiva atuação da criminalidade com apego econômico, cujos prejuízos são nefastos a empresários de nossa região, podendo levar vítimas, muitas vezes, a falência. Em apenas uma empresa de Presidente Venceslau, o prejuízo supera a R$ 70.000,00 (setenta mil reais), havendo notícia ainda de aquisição de camionete; equipamentos industriais; agropecuários etc.
As empresas utilizadas nos golpes são MARFIN AGROPASTORIL, AGROPECUÁRIA MARFIN e AGRICOLA JANDAIA, dentre outras.
FRAGMENTO DO RELATÓRIO FINAL DO INQUÉRITO POLICIAL 194/2017 DA CENTRAL DE POLÍCIA JUDICIÁRIA DE PRESIDENTE VENCESLAU:
Da análise dos autos verifica-se que há gravidade em concreto e que os indiciados continuavam a praticar crimes, estruturando associação criminosa.
Os crimes identificados são praticados de forma empresarial, com logística, uso de caminhões, transbordo, rede de distribuição e uma infinidade de outros indiciados que não foram identificados, traduzindo-se em importante fonte de conhecimento acerca da reiteração criminosa.
Presente, portanto, o fumus boni iuris.
O atuar dos indiciados depõe contra a própria economia das pequenas empresas, muitas das quais alcançam a falência após os crimes. Imagine-se pequena empresa, como a de Presidente Venceslau que em curto espaço de tempo perde mais de R$ 70.000,00, o que corresponde a lucro de alguns meses.
Dessa forma, a prisão preventiva é medida necessária à garantia da ordem pública violada pelas condutas analisadas.
A prisão dos indiciados, ademais, é medida imprescindível para garantir a ordem pública e por conveniência da instrução criminal.
Diante de todo o exposto, presentes o periculum in libertatis, REPRESENTO a Vossa Excelência pela concessão de PRISÕES PREVENTIVAS deNIVALDO SEBASTIÃO DA SILVA; GILLIARDI DA CRUZ SILVA com fundamento no art. 312 do Código de Processo Penal, como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal, porquanto presentes prova da existência do crime e indício suficiente de autoria, com demonstração nos autos de que ambos desenvolvem atividades rotineiras para prática de crimes, cooptam os demais, falsificam documentos são, portanto, os responsáveis pelos crimes que o grupo pratica.
Hoje, portanto, foram apreendidas 2 pessoas (líderes) por cumprimento de mandados de prisões preventivas; Um dos líderes foi preso em flagrante delito durante a operação pela equipe de policiais civis de Pirapozinho. Ainda, na data de hoje, dezenas de equipamentos e documentos fiscais relacionados as fraudes e as empresas foram apreendios. Novas fraudes foram reveladas e as vítimas estão sendo comunicadas pela PCSP.
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO
CPJ: Central de Polícia Judiciária de Presidente Venceslau
