O presidente do Equador, Lenín Moreno, confirmou nesta sexta-feira (13) a morte da equipe de reportagem sequestrada na fronteira com a Colômbia.

O grupo do jornal “El Comércio”, integrado por dois jornalistas e um motorista, foi sequestrado no dia 26 de março passado, quando realizava uma reportagem na fronteira. Na noite desta quinta, Moreno havia dado 12 horas para que os sequestradores provassem que os reféns estavam vivos. O prazo expirou às 10h50 desta sexta (12h50, em Brasília).

 

“Não recebemos prova de vida”, disse Moreno em um discurso televisionado nesta sexta. “Infelizmente temos informação que confirma a morte dos jornalistas”.

 

O presidente também anunciou que o Exército retomou as operações na fronteira, que tinham sido suspensas para a busca da equipe.

Moreno estava em Lima, capital do Peru, para participar da Cúpula das Américas, mas partiu nesta quinta rumo a Quito para acompanhar a situação dos sequestrados, depois que foram divulgadas fotos que mostram o que seriam os corpos dos profissionais.

 

Acorrentados

 

No início de abril, um vídeo exibido pelo canal colombiano RCN mostrou o repórter Javier Ortega (32 anos), o fotógrafo Paúl Rivas (45), e o motorista Efraín Segarra (60) com algemas e correntes no pescoço.

Os três foram sequestrados quando realizavam reportagens no povoado de Mataje, onde as autoridades dos dois países perseguem guerrilheiros que se afastaram do processo de paz com as já dissolvidas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

 

O Exército colombiano apontou os dissidentes comandados pelo equatoriano Walter Artízala, conhecido como Guacho, como responsáveis pelo sequestro.