“Faz quase uma década que eu e o Brian começamos o WhatsApp e foi uma jornada incrível, mas é hora de ir em frente”, disse Koum, em uma publicação em sua página na rede social. “Estou deixando a empresa em um momento em que as pessoas estão usando o WhatsApp de um jeito que eu não poderia imaginar.”
Koum não revelou em que data sairá da empresa, mas sua partida significa que nenhum dos criadores originais do aplicativo permanecerá à frente dele – Acton deixou o Facebook em novembro do ano passado.
Em seu texto, o executivo disse que vai usar seu tempo livre para fazer coisas que gosta fora do mundo da tecnologia, como “colecionar Porsches e jogar frisbee”.
Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook, comentou a publicação de Jan Koum. “Vou sentir falta de trabalhar com você e das coisas que me ensinou, incluindo o valor da criptografia e seu poder para retirar o poder de sistemas centralizados e colocá-lo na mão das pessoas”, disse Zuckerberg. “Esses valores estarão sempre no coração do WhatsApp.”
O anúncio aconteceu ainda um dia antes da F8, conferência anual de desenvolvedores realizada pelo Facebook – o evento ocorre nesta terça-feira, 1º, e quarta-feira, 2, em San José, Califórnia.
Após o anúncio da saída de Koum, as ações do Facebook começaram a cair na bolsa de valores, fechando o pregão de segunda-feira com baixa de 0,92%.
Discordâncias
Segundo a reportagem publicada pelo The Washington Post, Koum era um defensor da privacidade dos usuários no WhatsApp, algo que vinha sendo questionado pela direção do Facebook – hoje, apesar de ter 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo (120 milhões deles no Brasil), o WhatsApp não fatura um centavo. Vale lembrar ainda que o WhatsApp foi a aquisição mais cara do Facebook em sua história. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.