O adiantamento dos relógios em uma hora por conta do horário de verão pode confundir aqueles que fazem uso de medicamentos crônicos ou estão fazendo algum tratamento medicamentoso prolongado. Parece complicado, mas o importante é manter os intervalos regulares entre uma dose e outra. A tomada do medicamento pode ser adiantada em uma hora, para acompanhar o horário de verão, desde que a próxima dose respeite o intervalo prescrito pelo médico.

O vice-presidente do CRF/MG, Alisson Brandão, explica que os intervalos prescritos precisam ser respeitados para que a terapia tenha sucesso. “Para que os efeitos desejados sejam alcançados, o medicamento precisa ser digerido, fornecendo o princípio ativo à corrente sanguínea, para então começar a agir no organismo”. Os intervalos entre uma dose e outra são necessários para manter esse ciclo. “É importante tomar o medicamento no intervalo indicado pelo prescritor, para manter essa atividade efetiva no organismo”, confirma Alisson. No entanto, ele ressalta que, caso o paciente se esqueça de uma dose, jamais deve dobrar a dose seguinte.

Algo a se levar em consideração é que diferentes medicamentos têm interações entre si, podendo interferir no efeito desejado, faz uso de medicamentos de uso contínuo. “Nesses casos, é imprescindível contar com a ajuda do farmacêutico, para ajustar o horário de tomada da medicação e se informar sobre as possíveis interações medicamentosas que possam existir”, acrescenta Brandão.

Antibióticos

A atenção durante o tratamento com medicamentos antibióticos deve ser redobrada. Isso porque os micro-organismos podem desenvolver resistência ao medicamento quando o paciente não segue o tratamento prescrito. “Para garantir o efeito do medicamento contra o micro-organismo é preciso garantir que o medicamento esteja na corrente sanguínea para atuar e inativá-lo, curando a infecção. A tomada do medicamento no horário correto é fundamental para o sucesso terapêutico”, explica Alisson Brandão. Caso os micro-organismos desenvolvam a resistência,  a infecção pode ser agravada pela dificuldade no tratamento.