O presidente da Comissão de Saúde, deputado Edmir Chedid (DEM), informou nesta quinta-feira (13) que aproximadamente 500 municípios brasileiros registram alto índice de infestação pelo Aedes aegypti. Na prática, de acordo com o parlamentar, todos apresentam risco de surto para as doenças transmitidas pelo vetor – incluindo chikungunya, dengue e zika.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que, dos 5.358 municípios que realizam algum tipo de monitoramento do mosquito, 1.881 estão em situação de alerta, enquanto 2.628 apresentam índices considerados satisfatórios. “A tendência é de que os casos cresçam a partir de janeiro, quando a incidência de chuvas no país é maior em decorrência do verão”, complementou.
O parlamentar explicou que o “mapa da dengue” – como é chamado o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) –, mostra que, das 27 capitais de todo o país, Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Palmas (TO) e Rio Branco (AC) estão em risco de surto não apenas de dengue, mas também de chikungunya e zika. “A situação é muito preocupante”, garantiu.
O “mapa da dengue” confirma que outras 12 capitais registram situação de alerta: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Manaus (AM), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Porto Velho (RO) e Vitória (ES). Já Aracaju (SE), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), São Paulo (SP) e Teresina (PI) têm índices considerados satisfatórios.
Criadouros
Além de identificar onde estão concentrados os focos do mosquito, o levantamento revela quais os principais tipos de criadouros por região. “No Nordeste, por exemplo, o armazenamento de água no nível do solo (doméstico) foi o principal tipo identificado. No Sudeste, o maior número de depósitos foi em domicílio, como pratos, vasos e frascos com água, além de garrafas retornáveis”, disse.
Dengue
Dados do ministério apontam que, até três de dezembro, foram notificados 241.664 casos de dengue em todo o país – um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2017 (232.372 casos). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 115,9 casos para cada 100 mil habitantes. Em relação ao número de óbitos causados pela doença, a queda é de 19,3% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, passando de 176 mortes em 2017 para 142 neste ano.