A taxa de incidência de Aids no Estado de São Paulo teve queda de 31,3% na última década. É o que aponta o Balanço do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo. Em 2017, a taxa foi de 14,9 casos por 100 mil habitantes, contra 21,7 casos dez anos atrás. Em números absolutos, foram 8.763 casos em 2008, e 6.505 casos em 2017.
A queda da taxa da mortalidade pela doença foi ainda mais expressiva – 39,3% -, principalmente devido ao acesso a tratamento antirretroviral (ARV). Em 2017, foi de 4,8 óbitos por 100 mil habitantes, com um total de 2.146 mortes, em números absolutos. Dez anos atrás, a taxa foi de 7,9 óbitos por 100 mil habitantes, com um total de 3.227 mortes. Ainda assim, no ano passado, 6 pessoas morreram diariamente por Aids em SP, no último ano.
Além disso, pela primeira vez na década, o número de novos casos de HIV apresenta declínio, caindo de 9.185 casos em 2016 para 8.536, no ano passado – queda de 8%. No sexo masculino, a taxa de detecção diminuiu de 42 para 39,1 novas infecções por 100 mil habitantes nos dois últimos anos e, entre mulheres, de 10,1 para 8,9 infecções por 100 mil habitantes. Os dados são preliminares e estão sujeitos a alterações.
Embora os casos de Aids estejam diminuindo, nessa década, o número de casos novos notificados pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana, causador da Aids) cresceu 3,5 vezes entre homens jovens que fazem sexo com homens em SP. A cada 100 mil homens, o salto foi de 17,8 em 2008 para 39,1 em 2017, sendo que a maior concentração é entre jovens de 20 a 24 anos, com 88,3 novas infecções por 100 mil habitantes, no ano passado.
Já entre as mulheres, houve queda de 9,3 novos casos de HIV para 8,9 por 100 mil habitantes, na década. A predominância é na faixa etária de 25 a 29 anos, com 13,1 casos a cada 100 mil habitantes.
Desde 1980 até o primeiro semestre de 2018, foram notificados 267.926 casos de Aids em SP. Somente nos últimos dez anos, foram 82.649 casos, com 27.562 óbitos. (Com informações assessoria de imprensa/Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo)