O iate de luxo do empresário Eike Batista não foi arrematado no leilão realizado ontem. Uma nova tentativa para venda da embarcação será realizada na próxima terça-feira (18), às 13h. O lance mínimo caiu de R$ 18 milhões para R$ 14 milhões.
O leilão foi determinado pelo juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelo julgamento dos processos derivados da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Em julho, ele condenou Eike Batista a 30 anos de prisão em regime fechado.
O empresário foi acusado de pagar US$ 16,5 milhões em propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) e de tentar ocultar valores por meio de uma operação de lavagem de dinheiro. Os pagamentos, realizados em 2011, seriam uma contrapartida a contratos assinados por suas empresas com o governo estadual.
Cabral, que já foi condenado em nove processos derivados da Operação Lava Jato, cumpre pena no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro. Por sua vez, Eike chegou a ser preso em janeiro do ano passado, mas foi solto após ser beneficiado por uma liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente ele está em prisão domiciliar e aguarda o julgamento de recurso contra a sua condenação em primeira instância.
O iate é um Pershing SPA do modelo 115. Com capacidade para 21 passageiros, ele tem salas, cozinha, espaço para guardar dois jet skis e quatro quartos, incluindo duas suítes, uma delas com sauna e closet. A embarcação é equipada com sistema de som MP3, vídeo e uma TV LCD de 67 polegadas.
Como o iate está parado, o comprador deverá realizar serviços de manutenção corretiva e de conservação do casco. Também será preciso buscar a Capitania dos Portos para emissão da documentação necessária para a navegação, que não é renovada desde 2016. As taxas e os impostos vêm sendo pagos anualmente.