O ano de 2018 está chegando ao fim e muitas pessoas aproveitam esse momento para avaliar o ciclo que passou e planejar o próximo. “Sejamos gratos por tudo o que vivemos ao longo dos últimos 12 meses. Gratidão por tudo o que o vivemos, mesmo que não tenha sido bom”, sugere a psicóloga do Núcleo Evoluir, Paula Cordeiro.
Ao final do ciclo, acrescenta ela, é importante o sentimento de gratidão: “Isso não significa que gostamos de tudo o que vivemos. É entender, contudo, que a vida é feita de momentos que nos fazem mais conscientes e presentes em nossas próprias vidas”. O final de ano, por sua vez, traz uma oportunidade para refletirmos sobre o que se viveu e avaliar o caminho traçado. Mas não se deve olhar para as promessas feitas no início do ciclo como forma de punição. “É apenas um momento de olhar como mudamos, de ver o que queríamos antes e o que queremos e temos hoje”, pontua a psicóloga.
Muitas vezes chega o final do ano e não cumprimos as promessas ou conquistamos o que desejamos. Nesse momento, recomenda a psicóloga, é importante avaliar se ainda se quer o que planejou no começo do ano. “Muitas coisas mudam em um ano. Por isso, tantas vezes ficamos frustrados por coisas que não aconteceram, mas que se pensarmos bem, nem gostaríamos mais de ter”, reflete a especialista.
No entanto, se a conclusão for a de que o plano do início do ciclo ainda é desejado, a hora é de avaliar até onde chegamos e como podemos fazer diferente no próximo ano. “O importante é cuidar para não sermos cruéis e exigentes demais”, afirma Paula, lembrando que muitas coisas acontecem ao longo do ano que permitem ou não que os planos e desejos se concretizem. No entanto, não se deve focar só nos objetivos atingidos ou nas coisas que se deseja, mas sim nos momentos vividos.
Paula frisa que às vezes bate o sentimento de frustração, e tudo bem. “O que não podemos é deixar essa frustração tomar conta de toda a nossa avaliação. Precisamos comemorar o que foi bom durante o ano e ficar frustrados e chateados pelo que não foi, mas precisamos do retrato geral e real”, pondera a psicóloga.
Sobre fazer “listinha” de projetos e desejos para o ano que se inicia, Paula observa que pode ser interessante, mas cada um precisa ter em mente que entre os desejos de agora até o final do próximo ano há 12 meses, muitas coisas podem acontecer e esses projetos podem mudar ou mesmo ficar guardados: “É preciso entender que o mais importante é estarmos sempre conscientes dos nossos momentos e termos flexibilidade suficiente para mudar quando for preciso!”
A psicóloga ressalta que fazer um planejamento e determinar metas a serem cumpridas no ciclo que se inicia auxilia muito na previsão das nossas ações. Porém, reforça que não se deve “ficar refém” e tornar esse planejamento engessado ao longo do ano. “Existem situações no cotidiano que podem nos redirecionar para outras vias. Ter flexibilidade é elemento chave para tornar nosso ano mais leve, compreendendo que apesar da vida não ocorrer exatamente como o planejado, nós podemos enxergar os pequenos momentos diários como algo a ser valorizado”, afirma a psicóloga.
É preciso, acrescenta ela, exercer a gratidão. Uma dica da psicóloga para o próximo ano é: “seja mais gentil consigo mesmo”. É fundamental, diz Cláudia, entender que fazer planos e criar condições para realizá-los é muito importante, mas que a vida não dança exatamente conforme a “nossa” música. “E isto faz parte da maravilha que é viver”. (Redação Bonde com Assessoria).