Em maio deste ano, durante a reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, a entidade anunciou o Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação. A certificação oficial pela OIE, de que todo o território nacional é livre da doença com vacinação, contribuiu para ampliar e abrir novos mercados internacionais às carnes brasileiras.
Em discurso na abertura da 86ª Sessão da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa) disse que o reconhecimento do Brasil como país livre da aftosa com vacinação é “a vitória de uma longa e dura trajetória de muita dedicação de pecuaristas e do setor veterinário oficial brasileiro”.
“É motivo de muito orgulho dos brasileiros que lutaram e lutam para o bem do Brasil”, disse ainda o ministro. E parafraseando o pensador Jean Cocteau: “Não sabendo que era impossível, nós brasileiros fomos lá e fizemos”.
Em abril, o ministério realizou a Semana Brasil Livre da Febre Aftosa para celebrar o esforço de todos os órgãos oficiais de defesa sanitária do país, produtores e indústria pecuária para erradicar a doença do território nacional. Completaram-se 11 anos sem registro de ocorrência de aftosa no país.
Próxima etapa
O ministro lembrou que o próximo estágio é o Brasil atingir o status de País livre de aftosa sem vacinação. Santa Catarina é o único estado reconhecido desde 2007 como livre sem vacinação.
“Nosso novo grande desafio é enfrentar a etapa final do processo de erradicação da doença em nosso país e na América do Sul, ampliar nossas zonas livres sem vacinação, e, em especial no Brasil, alcançar a condição de País Livre de Aftosa Sem Vacinação. Assim, esperamos seguir contribuindo com a erradicação da febre aftosa no mundo, oferecendo aos mercados produtos cada vez melhores e saudáveis para a segurança alimentar mundial”.
Conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), a partir de maio do próximo ano, Acre e Rondônia, além de municípios do Amazonas e de Mato Grosso, começarão a abolir a vacinação. A previsão é que até maio de 2021 todo o país deixe de vacinar o rebanho e, até maio de 2023, o país inteiro poderá ser reconhecido pela OIE como livre da aftosa sem vacinação.