Atualmente e por causa das modernas máquinas que surgiram com alta tecnologia, muitas profissões perderam o espaço e seus profissionais pararam de exercer as atividades ou optaram por outra profissão.
Em Dracena, o alfaiate Mário Lúcio Gastaldon, de 71 anos, apesar da crise no setor continua em plena atividade e completou no final do mês passado, 60 anos de profissão. Ele administra a alfaiataria na rua Marechal Rondon próximo ao Supermercado Ikeda. Utiliza duas máquinas de costura antigas para executar os serviços com presteza. Mário utiliza uma Singer que adquiriu em 1963 e outra máquina de costura fabricada em 1930 feita em aço, além de um ferro elétrico da marca Minerva, fabricado há 100 anos. O alfaiate diz que há alguns anos nos bons tempos de movimento costurou para juízes e promotores e tinha como fregueses os pioneiros dracenenses Arthur Pagnozzi, Juvenal Pezolato, Florindo Tabachi, Manoel Gomes Gonçalves (Galeno), Osvaldo Paulino dos Santos, Írio Spinardi, entre tantas outras pessoas. Antigamente o alfaiate criava e costurava de forma artesanal camisas, blazers, paletós para homens e até mesmo vestimentas femininas.
Mário Lúcio conta que na atualidade o movimento de serviços caiu 90%. Ele explica que agora só faz reformas e pequenos consertos que ajudam a manter a profissão ainda viva. Mário frisa que continua exercendo a profissão com amor, dedicação e compreensão. (Com a colaboração do repórter Marcos Maia)
CURIOSIDADE
A profissão de alfaiate é das mais antigas do mundo. Desde os primórdios, no Egito, posteriormente na Grécia e Roma, durante a Idade Média e Renascença foi das mais importantes pela influência de quem a exerceu no âmbito social dos que bem vestidos se apresentavam. A despeito da massificação existente em nossos dias, principalmente levando-se em conta a fabricação em série de roupas, continua essa operosa classe, alfaiates, a exercitar preponderante papel na sociedade.
No Brasil, a alfaiataria chegou junto com a corte portuguesa. Um dos maiores movimentos emancipacionistas da história do país, a Conjuração Baiana, em 1798, ficou conhecido como a Revolta dos Alfaiates, graças ao grande número de representantes dessa categoria no levante.
A evolução das tendências desde o início do século 20 contribuiu para que o vestuário masculino se expandisse até opções mais casuais. O traje passeio completo deixou de ser a principal referência da moda entre homens, ficando reservado apenas a ocasiões mais formais. Mesmo assim, há quem não dispense um belo terno no dia a dia. Hoje, o país tem fortes destaques no ramo. (Com informações viasantony e metropoles)