Em 2018, o Brasil ultrapassou a marca histórica de 2 mil megawatts (MW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica conectados na matriz elétrica nacional. E a trajetória de crescimento seguirá em ritmo acelerado em 2019.
Segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o setor solar fotovoltaico ultrapassará a marca de 3 mil MW até o final do ano, atraindo ao País mais de R$ 5,2 bilhões em novos investimentos privados, com a instalação de mais de 1 mil MW adicionais em sistemas de pequeno, médio e grande porte. Com isso, o crescimento anual do mercado será de 88,3% frente ao crescimento do ano de 2018, ajudando a acelerar a economia nacional.
“O mito de que a energia solar fotovoltaica era cara já caiu por terra. Já é uma das fontes renováveis mais competitivas do Brasil, com retornos sobre investimento entre 3 e 7 anos na geração distribuída. Com isso, a energia solar fotovoltaica crescerá mais de 80% em 2019 e será uma grande locomotiva de prosperidade, contribuindo para o progresso e desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. Este será mais um ano radiante para o mercado solar fotovoltaico brasileiro, repleto de boas oportunidades, novos negócios, atração de investimentos e geração de mais empregos”, comenta o presidente do conselho de administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk. “O País tem um potencial solar privilegiado e poderá se tornar uma das principais lideranças em energia solar fotovoltaica no planeta ao longo dos próximos anos”, completa Koloszuk.
No segmento de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica, composto por sistemas de pequeno e médio porte instalados em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos, a ABSOLAR projeta um crescimento do mercado de mais de 97% frente ao total adicionado em 2018, com a entrada em operação de 628,5 MW em 2019, totalizando 1.130,4 MW até o final do período. Com este avanço a participação do segmento de geração distribuída no mercado solar fotovoltaico brasileiro subirá de 21,9% até 2018 para 34,2% até o final de 2019, demonstrando a relevância cada vez maior deste mercado para o setor.
“A geração distribuída está em alta e é imprescindível para o avanço da energia solar fotovoltaica no Brasil. Ela será responsável pela movimentação de mais de R$ 3 bilhões em todos os estados e municípios do País, trazendo economia e sustentabilidade aos consumidores públicos e privados, ao mesmo tempo em que gera milhares de empregos locais qualificados para a população”, destaca o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
Já no segmento de geração centralizada solar fotovoltaica, composto por usinas de grande porte, a ABSOLAR projeta a adição de mais de 380 MW, número muito inferior às expectativas do mercado. O pequeno volume é resultado do cancelamento, pelo Ministério de Minas e Energia, de dois leilões de energia solar fotovoltaica que seriam realizados em 2016. A situação diminuirá a participação do segmento de geração centralizada no mercado solar fotovoltaico brasileiro de 78,1% até 2018 para 65,8% até o final de 2019, evidenciando o impacto negativo do cancelamento dos leilões de energia de 2016.
“Foi um tropeço horrível e um golpe duro para o setor, que frustrou as expectativas do mercado, congelou investimentos internacionais estratégicos ao Brasil e prejudicou o desenvolvimento da fonte. O Governo Federal pode reverter este quadro, com previsibilidade e continuidade na contratação para evitar estas situações. Por isso, a ABSOLAR recomenda ao Ministério de Minas e Energia a contratação de 2.000 MW por ano em usinas solares fotovoltaicas de grande porte. A fonte está entre as mais baratas e sustentáveis do Brasil e queremos contribuir na expansão renovável e competitiva da matriz elétrica nacional nos leilões A-4 e A-6 de 2019, bem como junto aos consumidores livres”, explica o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
Segundo levantamento da ABSOLAR, o setor solar fotovoltaico possui mais de 20.021 MW em estoque de projetos não-contratados de usinas solares fotovoltaicas, disponíveis e preparados para participar de novos leilões de energia do Governo Federal.