O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse hoje (30) que o Brasil estuda formas de atender ao pedido de ajuda humanitária do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país no último dia 23. Segundo Mourão, o governo federal reúne as demandas, encaminhadas pelo venezuelano, para que o presidente Jair Bolsonaro defina as ações.
“A gente pode fornecer médicos, medicamentos e alimentos, até por meio de doações. Em Brumadinho pediram para suspender a quantidade de donativos que estão chegando por causa da generosidade de nosso povo”, disse o vice-presidente após o encontro com o embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schmidt, e o ministro-conselheiro chileno Rafael Puelma.
Mourão organiza os pedidos até que Bolsonaro se recupere da cirurgia para a reconstrução do trânsito intestinal, feita há dois dias, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. “O presidente que vai decidir depois”, ressaltou.
No encontro com os diplomatas chilenos, Mourão lamentou a prisão de jornalistas do Chile da rede de televisão TVN durante cobertura nos arredores do Palácio Miraflores, em Caracas. Segundo a emissora, foram detidos um repórter e o cinegrafista junto com outros dois profissionais da imprensa venezuelana.
De acordo do vice-presidente, não há definição sobre uma nota de repúdio em relação à situação. O vice-presidente admitiu, entretanto, que o cenário preocupa o Brasil. “Está difícil obter informações de lá”, afirmou.