O instrutor do Senar, Luis Roberto Goya veio de Cajuru, cidade com 70 cachoeiras e queda d’ águas na região de Ribeirão Preto, ministrou o curso em Dracena, pela primeira vez. Engenheiro agrônomo de formação, Goya contou que a família cultiva orquídeas há 50 anos e possui um orquidário na cidade dele, em Cajuru.

Instrutor do Senar há 20 anos, ele comentou que passa entre 200 e 250 dias por ano viajando ministrando os cursos do Senar e a maioria são os cursos de Orquídea.

Entre as dicas, Goya explicou que o ideal é começar com as espécies mais simples de cultivar, como a orquídea Denfal. A rega deve ser feita apenas quando a planta precisar de água. Ele mostrou uma cápsula de sementes de orquídeas e explicou que são cerca de 5 mil sementes por grama de uma espécie de farinha microscópica.

Ainda de acordo com o Senar, a propagação por sementes, além de complexa, é demorada, pois leva cerca de 5 a 7 anos desde a fecundação da flor até a primeira florada. É vantajosa para quem produz orquídea em grande escala. É inconveniente porque produzem uma grande variedade de flores com novas características, diferentes da planta-mãe.

CURIOSIDADE

A família orquidácea é uma das mais numerosas do mundo das plantas, compreendendo cerca de 2.500 gêneros com aproximadamente 35 mil espécies, sendo que no Brasil estão catalogadas cerca de 2.700 espécies. Elas podem ser encontradas em todos os continentes com exceção dos polos, desenvolvendo- se em climas frios, quentes e temperados.

Muitas pessoas acreditam que as orquídeas são parasitas, mas na realidade elas utilizam as árvores para se fixarem visando ao aproveitamento da luz solar. Estima-se que o cultivo comercial teve início na Inglaterra, pelo viveirista alemão Conrad Loodiges, no ano de 1795 e no, Brasil, por volta dos anos 1940. (Senar).

Cápsula de sementes de orquídeas (Lucas Mello/JR)

 

Mudas de orquídea in vitro (Lucas Mello/JR)