O Governador João Doria se reuniu nesta quinta-feira (21) com diretores da montadora norte-americana Ford para discutir o fechamento da fábrica de veículos de São Bernardo do Campo. O Estado se comprometeu em ajudar a Ford a buscar um comprador para o pólo e a montadora aceitou a contrapartida de manter os 1.200 funcionários na sede administrativa do ABC Paulista e não fazer mudanças ou cortes de empregos nas unidades de Taubaté, Tatuí e Barueri.
A decisão foi tomada durante encontro entre Doria e o CEO da Ford América do Sul, Lyle Watters, e o Vice-Presidente de Assuntos Governamentais, Comunicação e Estratégia da montadora, Rogelio Golfarb. Também participaram do encontro o vice-governador Rodrigo Garcia, o secretário de Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, e o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando.
“O objetivo da reunião foi, evidentemente, a preservação de empregos. Foi uma atitude de governo, fui eu que os procurei”, afirmou Doria, em referência ao contato com diretores da fábrica norte-americana. “O governo de São Paulo vai ajudar a Ford a encontrar um comprador para o parque fabril de São Bernardo”, acrescentou.
Os contatos do governo com potenciais investidores interessados em assumir a fábrica do ABC já começam na próxima segunda-feira (25). A meta é buscar outra montadora de automóveis que possa absorver os cerca de 1.600 funcionários da linha de montagem. “O governo não fará imposições à compradora. Nós vamos buscar uma solução de mercado ao lado da Ford”, concluiu o Governador, que classificou o encontro desta quinta como “positivo e construtivo”.
Com o acordo costurado no Palácio dos Bandeirantes, a Ford se propõe a manter 2.880 empregos diretos em São Paulo. Além dos 1.200 funcionários que continuarão na sede administrativa em São Bernardo, a montadora emprega 1.260 pessoas na fábrica de Taubaté, 250 no campo de testes de Tatuí e 170 no centro de distribuição de Barueri.