Não raro, grupos nas redes sociais promovem a troca de informações sobre os lugares mais baratos para realizar diversos tipos de cirurgia. Há, inclusive, pessoas que organizam viagens que atraem principalmente pela oferta de menor preço. Além disso, brasileiros têm atuado como intermediadores entre pacientes, médicos e “cuidadores”, pessoas que recebem para ajudar no pós-operatório.
“A realidade e a cultura do país são outras, e isso deve ser levado em conta ao escolher um cirurgião e um procedimento. Muito mais do que dinheiro, o que está em risco é a saúde e a vida do paciente. Visitei um grande hospital e, apesar de bonito visualmente, o paciente não notaria nada de errado, no entanto, as exigências de assepsia e esterilização são diferentes das nossas, ampliando assim o risco de contaminações por doenças infectocontagiosas, por exemplo”, conta o especialista.
Outro fato que chamou a atenção de Leandro Mauro é que a maioria das cirurgias de transplante capilar na Turquia não é realizada por um médico, mas sim por auxiliares, “na maioria das vezes, o médico nem está presente”, relata.
A busca pelo corpo ideal
A beleza e o preço baixo não podem ser os únicos critérios para quem busca um cirurgião. “Meu conselho é que as pessoas busquem conhecer com antecedência o país onde vão se submeter à cirurgia, sua cultura e costumes, busquem referências, visitem o hospital, conheçam a equipe médica e só realizem o procedimento se realmente se sentirem seguros com a sua escolha”, completa o médico.