O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, afirmou nesta quinta-feira (14), que o Ministério Público irá investigar a participação de Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e o adolescente Guilherme Monteiro, de 17, em fóruns extremistas. A notícia da ação da dupla nos fóruns foi revelada com exclusividade pelo R7.
“Iremos fazer uma investigação ampla em todas as linhas para saber como eles tiveram acesso às armas, se há um grupo que atua com eles, se há uma rede de comunicação entre eles, as motivações e a forma do crime”, afirmou Smanio. “Não descartamos nada. Se tiver outras pessoas envolvidas, vamos alcançar essas pessoas.”
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Segundo o procurador-geral, o Ministério Público vai atuar com o núcleo de investigações cibernéticas do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para averiguar os contatos mantidos pela internet de Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e o adolescente Guilherme Monteiro, de 17. Os dois foram os autores do ataque que deixou oito vítimas na Escola Estadual Raul Brasil na manhã de quarta-feira (13).
O R7 revelou com exclusividade na quarta-feira (13) que os dois participavam do fórum Dogolachan. Eles pediram ‘dicas’ de como realizar o ataque e agradeceram a ajuda de participantes, além de deixar um aviso de quando o ataque ocorreria.
O fórum já foi alvo de uma operação da Polícia Federal que resultou na prisão de Marcelo Valle Silveira Mello, apontado como um dos líderes do fórum. Ele já havia sido preso em 2012 e voltou à cadeira em maio do ano passado na Operação Bravata; e foi condenado em dezembro pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, pelos crimes de associação criminosa, racismo, coação, incitação ao cometimento de crimes e terrorismo.
“Vamos investigar os computadores, os indícios nas residências deles, os locais que frequentavam e os vínculos com outras pessoas”, afirmou Smanio. “Queremos chegar ao quadro mais amplo possível.”
As investigações também seguem na linha para descobrir como os jovens tiveram acesso ao armamento utilizado no crime, em especial o revólver .38. O promotor Rafael Ribeiro do Val foi nomeado para atuar no caso.
Os trabalhos estão sendo conduzidos pela Delegacia de Polícia Central de Suzano. Na quarta, os investigadores ouviram testemunhas e os pais dos autores.
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Os dois assassinos deixaram oito mortos na Escola Estadual Raul Brasil antes de cometerem suicídio. Entre as vítimas estão a coordenadora pedagógica da escola, uma funcionária, cinco alunos e o tio de um dos criminosos, morto em uma loja de carros, onde os autores estiveram antes de cometer o ataque.