O Carnaval terminou e muitas pessoas acabam extrapolando nas comemorações e também nos gastos, por isso chegou a hora de fazer aquela famosa “faxina” financeira para colocar as finanças em ordem. Mas como fazer essa reorganização?
Segundo o especialista em educação financeira do canal Dinheiro à Vista, Reinaldo Domingos, o primeiro passo é assumir as dívidas e começar o processo de educar-se financeiramente, ou seja, mudar completamente o comportamento em relação à administração dos próprios recursos financeiros.
“É preciso reverter a situação de imediato e caso tenha gasto demais, procure pelos extratos bancários e veja qual é o tamanho dessa dívida. Se a situação for realmente crítica e tiver que fazer novas dívidas para pagá-las, verifique a possibilidade de negociação para pagamento sem juros. Caso contrário busque linhas de crédito com juros menores e evite ao máximo ficar inadimplente no cheque especial e nos cartões de crédito, que possuem os maiores juros do mercado”.
De acordo com o educador financeiro, após esse choque de realidade é o momento de se planejar para o futuro, listar todas as despesas (fixas e variáveis) e fazer uma análise: Há margem para novos gastos? Quais são minhas pendências financeiras? “Após tirar essa fotografia da situação financeira é possível identificar excessos, que geralmente representam cerca de 30% das despesas das famílias. É hora de fazer uma verdadeira “operação de guerra”, ou seja, cortar gastos, fazer um esforço maior para sair da situação de endividamento e evitar que isso se torne uma bola de neve financeira”.
Além disso, é possível verificar se existem itens que estão parados em casa, que são utilizados poucas vezes – ou nunca – e que podem ser vendidos. Aparelhos eletrônicos, móveis, roupas, sapatos e brinquedos podem gerar uma renda extra e que pode ser muito bem-vinda nessa situação.
Outro passo importante é não deixar de sonhar. Sair das dívidas pode ser um objetivo, mas não o único, portanto é essencial relacionar quais são os sonhos (de curto, médio e longo prazo), saber o quanto cada um deles irá custar, em quanto tempo quer atingí-los e por fim qual o valor necessário a ser poupado para que eles aconteçam.
“Não podemos viver apenas para pagar dívidas e contas, é preciso se planejar, e ter sonhos estabelecidos, pois eles serão a nossa força principal para poupar. A educação financeira é a maior aliada nesse caminho, não importa qual seja o tamanho do seu objetivo: aquela viagem internacional, a casa própria, um carro novo, aposentadoria, enfim, construir uma relação mais saudável com o dinheiro é saber que sonhos podem ser realizados”.