O poder de ataque do Corinthians ainda incomoda Fábio Carille. Ou melhor, a falta dele. Mesmo após o título do Campeonato Paulista e a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil, o treinador mostrou um discurso com sobriedade, reconhecendo as limitações do time. Comemorou, mas não se empolgou.
No domingo, após a derrota por 3 a 2 para o Bahia, na Arena Fonte Nova, voltou a reconhecer que o time precisa melhorar (e muito) do meio de campo para frente. Em Salvador, o Corinthians marcou dois gols, ambos com chutes de fora da área, com Pedrinho e Clayson.
Não é de hoje que o Corinthians tem dificuldades em agredir o adversário. O time mantém uma boa posse de bola (contra o Bahia ela foi de 62%), controla o jogo e a intensidade do adversário, mas encontra dificuldades em criar chances de gols e levar perigo. Para piorar, em Salvador não pode contar com Gustavo e Júnior Urso, machucados.
“Essa posse de bola engana, por isso não gosto de me apegar a números. A bola ficou rodando muito com meus zagueiros, por isso a posse engana. Está mais do que provado que não é quem tem mais a bola que vai ganhar. A gente jogou sem a bola algumas vezes, mas a gente tem que movimentar mais, criar opções para agredir mais o adversário”, disse.