Onze anos e quatro meses após o assassinato do ex-vice-prefeito de Dracena, Sérgio Cavalari Peres, em janeiro de 2008, a Justiça marcou o julgamento de Joseane Alves Ferreira Perez, de Sebastião Amaro dos Santos, apelidado de Zé Benzedeiro e de Renato Nogueira da Silva. Eles são acusados de crime de homicídio qualificado contra Sérgio Cavalari Peres e de tentado matar com tiros de arma de fogo o filho dele, Evandro Márcio Perez, que ficou lesionado.
A demora de marcar o júri ocorreu em virtude da análise por parte do Tribunal de Justiça de inúmeros recursos feitos pela defesa dos réus. Na época, os três chegaram a ser presos, mas depois foram soltos pela Justiça. Segundo informações, atualmente Joseane e Sebastião estariam residindo em Goiás e Renato estaria preso em Minas Gerais.
O julgamento foi marcado pela 1ª Vara de Dracena cuja juíza é Aline Tabuchi da Silva, para o dia 27 de agosto deste ano, às 9h30, na sala do tribunal do Júri do Fórum de Dracena.
Também foi preso, anteriormente, julgado e condenado pelo crime, João Manoel da Silva. Consta que o crime ocorreu mediante paga, motivo cruel que dificultou a defesa de Sérgio e também para garantir a impunidade de outro crime cometido pelos acusados.
CRIME– No dia 5 de janeiro de 2018, por volta de 17 horas, na Estância Novolar, localizada na Vicinal João Araújo, km 5, no bairro Java Paulista, agindo em concurso de agentes mediante paga e efetivo recebimento de recompensa, outro motivo torpe e também cruel, mataram Sérgio Cavalari Perez a tiros e também atiraram em Evandro. Consta ainda no processo que Renato e João Manoel subtraíram para si uma carteira e um celular de Sérgio. Joseane, que era nora de Sérgio e na época do crime frequentava cultos religiosos em Minas Gerais, onde conheceu Sebastião Amaro com quem teve relacionamento extra-conjugal. Os dois teriam tramado a morte de Sérgio. Sebastião manteve contato com Renato que convidou João para auxiliar na empreitada ílicita e receberiam R$ 40 mil pela execução.
Joseane e Sebastião repassaram a Renato e João Manoel de forma antecipada a quantia de R$ 15 mil em dinheiro. Consta ainda que Joseane passou aos executores todas as informações sobre o cotidiano do sogro que foi morto a tiros na propriedade rural da família. (Marcos Maia especial para o Portal Regional e Jornal Regional).