Mais 63 casos positivos de dengue e uma morte em Presidente Prudente. Este é o novo balanço divulgado pela Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM), nesta quinta-feira (9), que aponta mais de 700 registros da doença provocada pelo mosquito Aedes Aegypti no município.
Segundo a VEM, são casos 688 autóctones, ou seja, contraídos no município,e outros 16 importados, vindos de outras localidades. Além disso, o órgão informa que há 1.255 notificações.
Primeira morte
Paralelo aos casos, a VEM confirma o primeiro óbito decorrente da doença neste ano. A vítima foi uma moradora do Parque Alvorada, de 49 anos. Segundo a supervisora do órgão, Elaine Bertacco, a mulher apresentou os primeiros sintomas no dia 30 de abril e faleceu na madrugada dessa terça-feira (7).
Desde 2006, Prudente contabiliza 36 mortes. Os demais foram confirmados em 2016, com 28 registros; 2015, quatro; 2014, 2013 e 2006, com um óbito em cada ano.
Concentração de casos
O Parque Alvorada integra a área 4 da cidade, assim como outros bairros como a Vila Furquim, Itapura I e II, Sumaré, Residencial Itapuã, Brasília, Planalto, Santa Mônica, entre outros. Esta é a área que concentra a maior incidência de casos. Entretanto, o órgão afirma que os registros positivos estão espalhados por toda cidade.
“O Parque Alvorada é um bairro onde já realizamos o BCC [Bloqueio de Controle de Criadouros] e nebulização costal, pois é um bairro que tinha outros casos da doença. A paciente já teve dengue e contraiu novamente, o que aumenta ainda mais a gravidade do caso”, pontua.
Dois sorotipos
A supervisora da VEM lembra que há dois sorotipos da dengue circulando em Prudente, o 1 e o 2. “Não podemos deixar o Aedes [aegypti, vetor da dengue, zika vírus e febre chikungunya] nascer, precisamos eliminar todos possíveis criadouros”, diz, acrescentando que a orientação ao munícipe mediante aos primeiros sinais e sintomas da doença, é procurar assistência médica.
“Não usem medicamento por conta própria. Pedimos também que passem o endereço correto no atendimento, pois muitas vezes vamos realizar o trabalho de campo [mediante a notificação emitida durante o atendimento médico] e o endereço não está correto”, acrescenta.
Por fim, a VEM comunica que o caminhão recolhendo os possíveis recipientes percorreu toda a cidade. Dessa forma, informa que voltará a realizar o serviço pelas ruas da área 4, iniciando pelo Parque Alvorada. “Pedimos aos munícipes que descartem todos os materiais que possam acumular água e servir como criadouro do Aedes. Em relação a móveis velhos, a Prudenco já realiza esse recolhimento, não é o objetivo da Vigilância recolher esse tipo de material”, finaliza.