A falta de chuvas neste ano agravada pelo inverno com a primeira semana de julho registrando temperaturas muito baixas em Dracena e região traz muita preocupação a vários segmentos principalmente aos produtores de leite. A situação é apontada pela Cooperativa dos Produtores Agropecuários de Dracena (Coopadra), através da presidente Gislaine Oliveira.

No sábado, 6 de julho, primeiro deste mês, o frio chegou com muita força em praticamente todo o Brasil. Em Dracena, o termômetro da Praça Arthur Pagnozzi marcou naquele dia apenas 4°C.

Gislaine contou ao JR e Portal Regional que as propriedades em locais mais baixos foram as mais atingidas pelo frio. Em Jamaica (distrito de Dracena) e na Marrequinha (bairro rural) algumas propriedades foram atingidas por leve geada.

A reportagem também teve informação de moradores da área central da cidade que têm algum tipo de plantação no quintal, como exemplo, frutíferas, que após o final de semana de intenso frio, as folhas das árvores ficaram secas, aparentando ter sido queimadas.

Gislaine explicou que a produção leiteira recebida pela Coopadra neste primeiro semestre de 2019 está bem menor que a do mesmo período do ano que passou. “A estiagem com o frio fazem com que a situação fique ainda mais complicada ocasionando um prejuízo considerável aos produtores de leite”.

De acordo com Gislaine em relação ao primeiro semestre  de 2018 a produção de leite diminuiu cerca de 15% para produtores com irrigação e silagem e 25% para produtores com vacas só a pasto.

“A escassez de chuvas tem castigado as pastagens e o frio agravou ainda mais o cenário. Mesmo tendo pastagens com irrigação o frio inibe o crescimento”, explicou Gislaine.

As culturas em folhas também estão entre as que mais vêm sentindo com o período.

COOPADRA

Atualmente a Associação conta com 60 produtores de leite na região  de Dracena, Junqueirópolis, Jaciporã, Jamaica, Tupi Paulista e Mirandópolis, com produção estimada em 120 mil litros/mês. “Estamos pasteurizando nossa produção, produzindo leite em saquinhos (Draceleite) e muçarela que está sendo comercializada pela Coopadra, na merenda escolar (PNAE e licitações) e nas penitenciárias através do PPAIS e pregão eletrônico”, pontou Gislaine.

Gislaine Oliveira mostra tomates atingidos pelo intenso frio (Vanessa Matsumoto/JR)