O Produto Interno Bruto do Estado de São Paulo, calculado pela Fundação Seade, entre 2002-2018, cresceu em média 2,3% ao ano, com ganhos diferenciados segundo o perfil geoeconômico das regiões do Estado de São Paulo.
O conjunto das regiões do agronegócio ou complexo sucroalcooleiro (São José do Rio Preto, Bauru, Araçatuba e outras), que representa 14,8% da economia do Estado, acumulou crescimento de 45,1% no período, com média anual de 2,4%. Essa evolução foi fortemente influenciada pelo avanço territorial da cana-de-açúcar e consolidação do complexo sucroalcooleiro como o núcleo econômico regional. São José do Rio Preto e Bauru registraram taxas médias de crescimento (4,0% e 3,4% ao ano, respectivamente) bem mais elevadas do que as demais regiões do grupo, que cresceram a taxas de até 2,1% ao ano.
Em 2018, a economia da Região Administrativa de Presidente Prudente retraiu-se em -2,7%.
No grupo de regiões mais industrializadas (RM São Paulo, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos), apresentou crescimento acumulado de 42,3% e média anual de 2,2%. A Região Metropolitana de São Paulo, responsável por 54,3% do PIB paulista, registrou taxa de expansão de 1,8% ao ano no período. Tal desempenho, bem inferior ao das demais regiões industrializadas, reflete a perda de dinamismo da sua economia, movimento que pode estar associado ao processo de desarticulação do parque industrial da capital e da região do ABC e às opções locacionais das empresas em novas áreas de seu entorno – principalmente Sorocaba e Campinas –, que se beneficiaram do processo de expansão da atividade industrial e cresceram em ritmo mais acelerado, cerca de 3% ao ano.
O bloco formado pelas regiões de Registro e Santos, com crescimento acumulado no período de 52,2% e média anual de 2,7%, teve o melhor desempenho entre as grandes regiões. Este resultado foi fortemente influenciado pelas atividades de extração de petróleo e gás associadas ao pré-sal em Registro, que alcançou média de expansão de 10% ao ano, influenciada pelo incremento da indústria (17,7% a.a.). A região de Santos mostrou baixo desempenho no período (taxa média de 1,4% ao ano), mas permanece como a 5ª economia paulista.
A economia paulista, em 2018, aumentou 1,4% em termos reais na comparação com o ano anterior. (Com informações assessoria de imprensa/Seade)