A chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade; e aos 15 meses para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela. É importante destacar que a vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente do planejamento de viagens para os locais com surto ativo do sarampo ou não. É importante ressaltar ainda que toda pessoa, de um ano a 49 anos de idade, deve ter duas doses da vacina contra o sarampo para ficar protegido contra a doença.
Para interromper a cadeia de circulação do vírus do sarampo, o Ministério da Saúde em parceria com os Estados e Municípios estão realizando diversas ações, entre elas, o bloqueio vacinal seletivo e ações de rotina de vacinação; e campanhas de vacinação para a população de 15 a 29 anos de idade, esta última, em alguns municípios.
A recomendação do Ministério da Saúde em vacinar as crianças de seis meses a menores de um ano de idade, que irão se deslocar para municípios que apresentam surto ativo de sarampo, deve ser mantida até 90 dias após o último caso confirmado de sarampo. O ministério informará aos estados oportunamente o momento em que a vacinação de crianças menores de um ano de idade deverá ser descontinuada.
Cabe aos estados divulgar amplamente a orientação para os serviços de saúde a fim de oferecer proteção oportuna para a população, especialmente as crianças menores de um ano de idade. Além de garantir a vacinação de rotina às crianças já residentes nas localidades de surto ativo de sarampo.
PANORAMA SARAMPO
O Ministério da Saúde registrou, entre os dias 5 de maio a 3 de agosto de 2019, 907 casos confirmados de sarampo no Brasil, em três estados: São Paulo (901), Rio de Janeiro (5) e Bahia (1). O coeficiente de incidência da doença foi de 0,4 por 100.000 habitantes.
O país vinha de um histórico de não registrar casos autóctones desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com as medidas de bloqueio vacinal e, em 2016, o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação do Sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O Brasil perdeu o certificado em fevereiro deste ano e, atualmente, empreende todos os esforços para eliminar novamente a transmissão do vírus no país, com reforço da vacinação contra o sarampo. Manter altas e homogêneas coberturas vacinais na população é a única forma de evitar a transmissão da doença.
A pasta também tem atuado ativamente junto aos estados e municípios no enfrentamento do surto de sarampo desde dezembro de 2017, quando o Brasil foi notificado do surto na Venezuela. Para isso, manteve equipes técnicas e treinadas nos estados com transmissão da doença para acompanhar as ações e prestar orientação no enfrentamento do sarampo.
O Ministério da Saúde enviou aos estados, neste ano, 12,1 milhões de doses da vacina tríplice viral para atender a demanda dos estados, já está incluído o quantitativo utilizado nas campanhas de vacinação contra o sarampo realizada em 19 municípios do estado do Pará e na cidade de São Paulo.
Até o momento, diante do atual cenário epidemiológico do sarampo, não está prevista a realização de campanhas adicionais de vacinação contra a doença, em outros locais, considerando que esta ação já está sendo realizada nas áreas onde há circulação do vírus atualmente. Ressalta-se, no entanto, que mesmo em situações de surto, a vacinação de rotina está mantida na rede de serviço do SUS, conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação e que os serviços de vacinação são estimulados a buscar a sua população não vacinada para a devida atualização.
Municípios brasileiros com surto ativo de sarampo (mantém crescimento do número de casos confirmados da doença) até 26/07/2019
Estado – Municípios |
São Paulo |
São Paulo |
Santos |
Fernandópolis |
Santo André |
Guarulhos |
São Bernardo do Campo |
São Caetano do Sul |
Mauá |
Ribeirão Pires |
Mairiporã |
Pindamonhangaba |
Sorocaba |
Diadema |
Indaiatuba |
Osasco |
Barueri |
Caçapava |
Caieiras |
Embu |
Estrela D’Oeste |
Francisco Morato |
Hortolândia |
Itapetininga |
Itaquaquecetuba |
Jales |
Mogi das Cruzes |
Peruíbe |
Praia Grande |
Ribeirão Preto |
São José dos Campos |
Taboão da Serra |
Taubaté |
Rio de Janeiro |
Paraty |
Rio de Janeiro |
Nilópolis |
Pará |
Monte Alegre |
Santarém |
Porto do Moz |
Prainha |