O maior pico de focos de calor ocorre em setembro, época do ano em que o clima está mais seco e, consequentemente, as queimadas se tornam mais frequentes. Mas, se temperaturas altas, clima seco e falta de chuva são fatores que contribuem para o surgimento de focos de incêndio, a intervenção do homem é sem dúvida alguma a principal causa dessas ocorrências, que já estão acontecendo em grande número, causando ao país essa grande crise internacional, mas principalmente provocando danos irreparáveis ao meio ambiente.
“Precisamos urgentemente cuidar melhor de nossas riquezas naturais. Não podemos mais ficar apenas nos discursos e metas. Necessitamos, de fato, agir em defesa da biodiversidade e de nossa existência”, diz o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS). Ele explica que as queimadas destroem a fauna e a flora nativas, causando empobrecimento do solo e reduzindo a capacidade de penetração da água no subsolo, entre outros danos ao meio ambiente.
“Muitas vezes, as interferências do homem na natureza causam impactos irreversíveis, destruindo ecossistemas que jamais se recuperarão. Além da destruição que o incêndio provoca de imediato, o local atingido pelo fogo acaba sofrendo com outras sérias consequências, como o desaparecimento de determinadas espécies, animal ou vegetal, que pode acabar desencadeando outros diversos problemas, ameaçando seriamente toda a nossa biodiversidade”, alerta o Biólogo do CRBio-01.
Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que, entre 1º e 25 de agosto, a Amazônia teve 26.345 focos de incêndio. Esse registro já é maior que a média histórica para agosto, medida desde 1998, mesmo faltando seis dias para encerrar o mês.