No final de semana, comentários em rede social trouxeram preocupação para muitas mães, em Dracena, principalmente. A informação dava conta de que uma criança de 6 anos estudante em uma escola particular no município estaria com sarampo.
Ontem, 2, pela manhã, o JR e Portal Regional, através de sua reportagem checou o comentário na Vigilância Epidemiológica local. A enfermeira Cristiane da Silva informou que até o momento a VE não registrou nenhum caso positivo de sarampo na cidade e também não há suspeita de nenhum paciente contaminado com tal doença.
Ela ressaltou que todas as unidades de saúde estão orientadas sobre a doença, assim como a importância de comunicar a Vigilância, tanto na rede pública de saúde quanto na rede particular.
Cristiane informou ainda que é importante também ficar atento com a dengue, que mesmo tendo diminuído os casos na cidade, ainda continua ocorrendo casos positivos da doença. Segundo ela, na semana retrasada foram confirmados cinco casos e na última semana foram três confirmações.
Vai viajar? Proteja-se contra o sarampo
A vacina é a única medida eficaz contra o sarampo. Os viajantes devem estar vacinados ou se vacinarem 15 dias antes de embarcarem
O sarampo é um problema mundial. Assim como o Brasil, mais quatro países da Europa perderam nesta semana o certificado de eliminação da doença. São eles: Reino Unido, Grécia, República Tcheca e Albânia. No primeiro semestre de 2019, Cazaquistão, Geórgia, Rússia e Ucrânia concentraram 78% dos casos na Europa. Nos EUA, o número de casos também é crescente desde o início deste ano. No Brasil, são 2.331 casos confirmados em 13 estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina, Distrito Federal, Bahia, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe, Goiás e Piauí.
Diante desses cenários, as pessoas que vão viajar, tanto para destinos nacionais quanto internacionais, devem se certificar que estão em dia com as doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação, do Sistema Único de Saúde (SUS). No Brasil, a recomendação é duas doses a partir de 12 meses a 29 anos de idade; e uma dose para a população de 30 a 49 anos de idade. Os pais também precisam ficar atentos. Atualmente há ainda a recomendação do Ministério da Saúde de aplicar uma dose extra, a chamada ‘dose zero’ em crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias. Esse público está mais suscetível a casos graves e óbitos.
Mulher e gravidez
Há vacinas que devem ser tomadas antes, durante e depois da gravidez – e outras que precisam ser evitadas. A vacina que protege contra o sarampo é uma das que devem ser evitadas no período da gestação, pois são produzidas com o vírus do sarampo vivo, apesar de atenuado. A gestação tende a diminuir a imunidade da mulher, o que deixa o sistema imunológico mais vulnerável e, por isso, a vacina pode desenvolver a doença ou complicações.
O recomendado pelo Ministério da Saúde é que a mulher tome todas as doses da vacina até um mês antes de engravidar, podendo esta ser a tríplice ou a tetra viral, e mantenha toda a rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação atualizada, para se proteger e proteger o bebê. Se não tomada antes da gravidez, a vacinação contra o sarampo nas gestantes deve ser adiada para o puerpério.
Não existe tratamento específico para o sarampo. Por isso, as futuras mães que não se vacinaram, devem ser afastadas do convívio com casos suspeitos ou confirmados e seus contatos, durante o período de transmissibilidade e incubação do sarampo. Adicionalmente, também são medidas de prevenção de doenças de transmissão respiratórias: limpeza regular de superfícies; isolamento domiciliar voluntário em casa, após o atendimento médico; medidas de distanciamento social em locais de atendimento de suspeitas de síndrome exantemática; evitar locais com aglomerações de pessoas; cobrir a boca ao tossir ou espirrar; uso de lenços descartáveis e higiene das mãos com água e sabão e/ou álcool em gel.
No caso, se a grávida contrair o vírus, como em qualquer outra
ocorrência na saúde da gestante, o tratamento do sarampo deve ser acompanhado pelo médico obstetra, para que ele avalie a melhor forma de tratar os sintomas sem comprometer a saúde do bebê e o andamento da gestação. (Com informações Agência Saúde/Ministério da Saúde)