Com a confirmação de mais três mortes recentes por sarampo, em São Paulo, o estado chega a 12 óbitos pela doença, este ano, de acordo com o último Boletim Epidemiológico divulgado no início deste mês pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. “A vacinação é a única forma de se blindar contra a doença. Se ela não está em falta, não deveria ter motivo para o que está ocorrendo”, diz o Biólogo Horácio Teles, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).
Para o especialista, uma das razões para o aumento dos casos de sarampo é a falta de preocupação da população em se prevenir contra a doença, por acreditarem que ela está sob controle. “Tende ao esquecimento, à negligência. Por isso a necessidade de programas educativos permanentes de vacinação”, defende o Biólogo, que considera importante a realização de campanhas de conscientização sempre que os níveis de cobertura vacinal ficarem abaixo do desejável. “Mas, para o acompanhamento da cobertura, é fundamental o bom funcionamento do sistema de vigilância epidemiológica em todo o país”, acrescenta.
Teles explica que há duas versões disponíveis da vacina, tanto na rede pública como na privada. “Além da tríplice-viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, a tetra também age contra a catapora”, diz o Biólogo, que lembra que as únicas pessoas que não devem se imunizar são aquelas com suspeita de sarampo, gestantes, bebês menores de 6 meses e imunodeprimidos. “A vacinação é a única forma de se proteger e as pessoas devem se conscientizar de que não é uma doença inofensiva. Em casos mais severos, ela pode comprometer o Sistema Nervoso Central e até mesmo levar à morte”, alerta o Biólogo.
Os primeiros sintomas são febre alta (acima de 38,5°C) acompanhada de tosse, irritação nos olhos, congestão nasal e mal-estar intenso. Depois, aparecem manchas vermelhas no rosto que, em até três dias, chegam aos pés. E as complicações mais comuns são infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e também neurológicas. Em relação ao tratamento, não há um específico. Para as crianças acometidas pela doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a administração de vitamina A, com a dosagem variando de acordo com o tempo de vida da criança. (Com informações assessoria de imprensa)