Os produtos e serviços usados para medir a inflação oficial do país serão atualizados para acompanhar as mudanças nos hábitos de consumo da população. A partir de janeiro de 2020, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai pesquisar a variação nos preços de 56 novos elementos. A divulgação está prevista para início de fevereiro.
A lista inclui novas tendências, como transportes por aplicativo e serviços de streaming, passando por tratamento e higiene de animais domésticos, até produtos de consumo rápido, como macarrão instantâneo. Outros exemplos que passarão a fazer parte do cálculo da inflação oficial são serviços relacionados à vida saudável e estética, como sobrancelha, cabeleireiro e barbeiro, depilação e atividade física.
A atualização da pesquisa retira também itens que perderam espaço ou foram excluídos do orçamento das famílias, como aparelhos de DVD, assinatura de jornais e máquinas fotográficas.
Essas mudanças nos componentes da inflação têm como base os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, que atualizou os hábitos de consumo, despesas e renda das famílias. Com 377 produtos e serviços, a nova estrutura de ponderação do IPCA traz seis subitens a menos que no modelo atual, baseado na POF 2008-2009, e em vigor desde janeiro de 2012.
“Ficamos muito tempo sem ter uma POF e temos uma mudança cada vez mais rápida no padrão tecnológico. Tivemos a saída de alguns itens que realmente não encontramos mais. Ao mesmo tempo, tivemos a entrada de produtos que estão no cotidiano de milhões de brasileiros”, explicou o gerente de Índice de Preços do IBGE, Pedro Kislanov.
O IPCA reflete a cesta de consumo das famílias com rendimento mensal de um a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
(AGÊNCIA DE NOTICÍAS IBGE)