Amostras de óleo recolhidas em três municípios do Rio de Janeiro foram enviadas para análise ao Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) para saber se é o mesmo resíduo recolhido no litoral do Nordeste brasileiro desde o início de setembro.

Foram recolhidas amostras nas praias de Santa Clara e Guriri, no município de São Francisco de Itabapoana; e na praia do Barreto, em Macaé-RJ. Já no canal das flechas, em Quissamã, foi recolhido, aproximadamente, 1 quilo de resíduo de óleo. “Os materiais coletados serão encaminhados ao Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) para análise e investigação da origem”, informou nota do Comando do 1º Distrito Naval.

Já as praias do município de São João da Barra, no norte fluminense estão limpas. De acordo a Marinha do Brasil (MB), essa foi a conclusão do trabalho de limpeza realizado na região neste domingo (24). O Comando do 1º Distrito Naval, informou que durante o dia, militares continuaram com as ações de monitoramento e percorreram o litoral de São João da Barra.

Na sexta-feira (22), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), vinculado à Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, foi informado sobre a presença de óleo na Praia de Grussaí, em São João da Barra. Na manhã do sábado (23), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou que o resíduo é o mesmo encontrado no litoral do nordeste.

Reunião

Na tarde de ontem (24) o comandante do 1° Distrito Naval, vice-almirante Flávio Augusto Viana Rocha, se reuniu, na sede da Capitania dos Portos de Macaé, com a secretária de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Ana Lúcia Santoro, o presidente do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea), Carlos Henrique Vaz e o prefeito de Macaé, Aluízio dos Santos Júnior.

A intenção foi alinhar o planejamento das ações de pronta resposta para o surgimento de óleo na costa fluminense. A Marinha disse que o encontro serviu para definir “deliberações relacionadas às ações de cooperação para mitigar os efeitos da chegada do óleo ao litoral norte-fluminense e atuar preventivamente, em caso de aparecimento de novos indícios de óleo no estado do Rio de Janeiro”.

Também estavam no encontro representantes do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, das secretarias municipais de Meio Ambiente do litoral norte-fluminense, das Defesas Civis Municipais e estadual; e do Exército Brasileiro.

“A Marinha reitera que o ineditismo da situação requer atuação vigilante, com monitoramento constante em nosso litoral. Caso aviste óleo nas praias, disque 185! Mar limpo é vida!”, conclui a nota da Marinha.

Navio pesquisa

O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e pelo Ibama, informou que o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NpqHo) Vital de Oliveira, saiu hoje (25), do Porto de Recife, em Pernambuco, para analisar dados oceanográficos e meteorológicos das correntes do Brasil e Sul-Equatorial, na área entre Pernambuco e Rio Grande do Norte.

De acordo com a Marinha, 23 pesquisadores da Coordenação Científica do GAA estão embarcados no Vital de Oliveira e darão continuidade às ações do GT1 – Modelagem Numérica e Sensoriamento Remoto, que atua na previsão do volume derramado e no deslocamento de manchas de óleo no mar.

(Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil)