Até o dia 30 deste mês, produtores de animais bovídeos (bovinos e bubalinos) com zero a 24 meses de idade devem ser vacinados contra a febre aftosa. A vacinação foi iniciada no último dia 1°, sendo a segunda etapa de imunização contra a febre aftosa em São Paulo. Os produtores devem adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.
O médico veterinário Marcelo Kenji Yoshida, responsável pelo Escritório de Defesa Agropecuária (EDA), em Dracena informou que após a vacinação os produtores devem fazer a declaração do ato, cujo prazo será concluído no dia 7 de dezembro. Aqueles que não vacinarem os animais e não declararem a vacinação serão multados. A multa para quem não vacinar corresponde a R$ 132,65, por cabeça, já para a falta de declaração, o valor é de R$ 79,59, também por cabeça.
O EDA em Dracena abrange 16 municípios, sendo de Panorama a Mariápolis. A meta segundo Yoshida é atingir 100%. “Na nossa área de atuação são cerca de 150 mil cabeças, cujos produtores chegam a 3.500”. Yoshida pontuou que o rebanho na região do EDA continua estável há pelo menos 10 anos, em relação à quantidade de cabeças.
O veterinário informou que o estado do Paraná não está promovendo a campanha de vacinação, porque não há registro de casos da doença na área, mas caso sejam adquiridos animais naquele estado e trazidos para o estado de São Paulo a comunicação deverá ser feita à Defesa Agropecuária para proceder à vacina independente da data.
A declaração da vacina pode ser efetuada pelo site gedave.defesaagropecuaria.sp.gov.br ou ainda nas unidades da Defesa localizadas na área de Dracena sendo, na cidade sede ou em Panorama, Tupi Paulista, Irapuru e Adamantina.
Publicada norma que suspende vacinação contra febre aftosa no Paraná
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quinta-feira (17), no Diário Oficial da União, a instrução normativa 47, necessária à suspensão da vacinação contra a febre aftosa no Paraná, a partir de 1º de novembro. A norma proíbe a manutenção, comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa no Paraná, a partir de 31 de outubro de 2019.
Com isso, a partir de novembro, o rebanho de 9,2 milhões de bovinos e bubalinos do estado não será mais vacinado contra a febre aftosa. A retirada da vacina significa que não há registro de casos da doença na área.
A vacina poderá ser utilizada como medida sanitária, mediante prévia autorização do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários, vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária. Como medida adicional, a Secretaria editará normas complementares, que deverão ser adotadas a partir de 1º de janeiro de 2020, para restrição e controle do ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa no Estado do Paraná.
O Ministério fará o monitoramento do Paraná para avaliar a atuação dos postos de fiscalização nas divisas e, posteriormente, irá reconhecer nacionalmente o estado como área livre da febre aftosa sem vacinação. Essa etapa está dentro do objetivo brasileiro de ampliar gradualmente as áreas sem vacinação contra a doença no país, previsto no plano estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA 2017/2026).
Para a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, o Paraná está preparado para esta nova etapa de prevenção da febre aftosa. “O Paraná fez todo o dever de casa. Esse é o início, é o primeiro passo. Ainda temos outros passos para dar, mas o Paraná inaugura uma nova era de sanidade e sustentabilidade, trazendo a qualidade para os seus produtos”, disse.
Segundo o chefe da Divisão de Febre Aftosa do Ministério, Diego Viali dos Santos, as doses de vacinas contra a febre aftosa estocadas no Paraná serão remanejadas pela iniciativa privada para os estados que ainda irão aplicar o produto. “Sem a vacinação, o produtor paranaense vai economizar cerca de R$ 20 milhões por ano, valor equivalente a aquisição apenas da vacina, sem incluir os demais custos associados ao manejo dos animais”, disse.
O estado está caminhando para concluir, até o final do ano, as ações pendentes para se tornar área livre sem vacinação, com a contratação de médicos veterinários e técnicos para atuação na vigilância para a febre aftosa e a construção de um posto de fiscalização agropecuária, na divisa com São Paulo. (Com informações imprensa/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)